O que é o Super El Niño, que pode fazer o calor subir acima da média

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Público observa o pôr-do-sol na Praia do Jacaré, em Cabedelo, PB — Foto: Krys Carneiro/G1

Por Leonardo Meireles e Maria Eduarda Portela

O Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (8/6) o início do fenômeno conhecido como El Niño. A preocupação dos cientistas se agrava diante da possibilidade de ocorrer uma versão mais extrema desse evento: o Super El Niño, que pode elevar a temperatura média do planeta em até 2,5°C ainda neste ano.

Enquanto o El Niño é responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, próximo à linha do Equador, o Super El Niño é uma versão mais intensa e com consequências ainda mais devastadoras. Os dois têm efeitos que podem ser sentidos em diversas partes do planeta, ao ocasionarem desastres naturais, sem que se possa prever sequer a periodicidade.

De acordo com Michelle L’Heureux, cientista do clima da NOAA, novos recordes de temperatura poderão ser observados. “A mudança climática pode exacerbar ou mitigar certos impactos relacionados ao El Niño. Por exemplo, o El Niño pode levar a novos recordes de temperatura, principalmente em áreas que já experimentam temperaturas acima da média durante esse fenômeno”, diz L’Heureux.

Três Super El Niño foram registrados nos últimos 130 anos: em 1982, 1998 e 2015. A seca extrema entre 2015 e 2016, inclusive, levou ao aumento das queimadas nas florestas brasileiras, principalmente na Região Amazônica.

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