Opinião – O problema, e é só um deles, que ficará para quem suceder Bolsonaro

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Por Ricardo Noblat

É pacífica no Senado a aprovação do auxílio mensal de 400 reais que Bolsonaro promete pagar a 17 milhões de famílias pobres no próximo ano. A aprovação do calote no pagamento de dívidas judiciais já vencidas (precatórios) não é pacífica porque o Supremo Tribunal Federal entende que coisa julgada, julgada está.

O pagamento do auxílio é vital para que Bolsonaro possa ser reeleito. São os pobres, e entre eles os mais pobres, que o rejeitam em peso e preferem votar em Lula. Tanto ele sabe disso que o auxílio terá vida curta: só até dezembro de 2022. Depois, seja o que Deus quiser, ou o que o próximo presidente venha a querer.

Os 400 reais equivalem a mais que o dobro do valor médio do extinto programa Bolsa Família. Ocorre que, em 2023, o benefício deverá despencar para cerca de 224 reais, valor 17,8% maior que o último pagamento médio do Bolsa Família, segundo a Folha de S. Paulo. Ao cair, não cobrirá a inflação até o fim do ano que vem.

Será um baita de um problema para Bolsonaro caso ele se reeleja, ou para seu sucessor.

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