Opinião – Sugestão para o mais malandro dos ministros da Saúde
Por Ricardo Noblat
Marcelo Queiroga, o mais malandro dos ministros da Saúde do governo Bolsonaro (Eduardo Pazuello foi o mais desastrado), visitou Manaus, onde 30 pessoas morreram durante a pandemia por falta de oxigênio, e pediu aos brasileiros que cumpram o cronograma de vacinação contra a Covid-19.
Cumprir o cronograma significa tomar duas doses de vacina e uma terceira como reforço. Faltou vacina porque o governo empurrou sua compra com a barriga. Agora está sobrando porque parte dos brasileiros que dá trela ao que diz Bolsonaro desconfia da eficácia das vacinas. Quem sabe o vacinado não vira jacaré?
Haveria uma fórmula simples para que Queiroga vencesse a desconfiança: convencer o presidente a gravar um pronunciamento em defesa da imunização. Se quisesse, ele poderia continuar dizendo que seria o último a se vacinar, mas aconselharia os descrentes a fazê-lo de imediato.
Muita gente ainda não se vacinou, e estão para chegar as festas de fim de ano e o Carnaval, ocasiões que provocam naturalmente grandes aglomerações. Por que não tentar impedir que mais vidas se percam se a pandemia recrudescer? Essa hipótese, por mais aterradora, não deve ser descartada.