Oposição protocola queixa-crime no Ministério Público contra ex-ministro Gonçalves Dias

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Gonçalves Dias, do GSI, durante cerimônia de apresentação de oficiais recém-promovidos das Forças Armadas, realizado na Palácio do Planalto, cidade de Brasília, DF. Foto: Estadão

Por Leandro Magalhães

A oposição protocolou, na terça-feira (1), no Ministério Público Federal, uma queixa-crime contra ministro Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A queixa foi motivada após ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmar que retirou do relatório o nome do ex-chefe do GSI Gonçalves Dias a pedido do próprio ex-ministro. A queixa-crime solicita ao MPF uma investigação.

“Requer que seja deflagrado procedimento investigativo e os crimes devidamente apurados”, diz texto apresentado ao Ministério Público Federal, encaminhado pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).

A declaração do ex-diretor da Abin foi dada em depoimento na CPMI que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro nesta terça-feira.

“Eu fiz os dois relatórios. Fiz primeiro uma planilha que continha alertas encaminhados pela Abin a grupos e que continha alertas encaminhados por mim, pessoalmente, pelo meu telefone para o ministro-chefe do GSI”, disse Cunha.

“Eu entreguei essa planilha ao ministro, e o ministro determinou que fosse retirado o nome dele dali porque ele não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Ele determinou que fosse feito. Eu obedeci a ordem. Nós temos um artigo da lei da Abin que deixa claro que quem determina as informações que serão encaminhadas as autoridades competentes é o ministro-chefe do GSI”, completou o ex-diretor da Abin.

Não houve da minha parte nenhum interesse em esconder informação tanto que eu apresentei a informação ao ministro. Cabe ao ministro decidir se encaminha ou não aquela informação – Saulo Moura da Cunha

A reportagem entrou em contato com a defesa de Gonçalves Dias e aguarda resposta.

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