Padrasto conta como menina de 11 anos matou a mãe: “Emboscada”

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Foto: Reprodução

Por Isabella Arruda

O caso que chocou o Espírito Santo por ser tão inesperado, da menina de apenas 11 anos que matou a própria mãe, com a ajuda do namorado, de 14 anos, recebeu esclarecimentos por parte do padrasto da garota, que também foi vítima de agressões. A situação aconteceu na noite da quinta-feira (27), em Jaburuna, Vila Velha.

Segundo o padrasto, pouco após a primeira cena do crime, que ocorreu quando ele chegava do trabalho, ele seguiu pelo corredor de casa, sem, até então, ver alguém. “Olhei para a esquerda e estava minha enteada, quando olhei para ela, o rapaz começou a me dar pauladas com um taco de basebol. E aí ela veio para cima com faca e garrafa”, iniciou.

“A primeira pancada foi muito forte e eu quase caí. Se eu caísse, tenho certeza que iriam me matar. Consegui chegar ao portão para pedir socorro, chegou muita gente e o povo, a princípio, não entendeu, achou que eu que tinha cometido o crime, não iam achar que foram crianças. Então os vizinhos começaram a dizer que iriam me matar”, continuou.

Segundo o delegado encarregado das investigações sobre o caso, Marcelo Nolasco, a filha da mulher morta tem apenas traços infantis, o que choca ainda mais.

“É uma criança de apenas 11 anos de idade. Conversando com ela, chega a dar uma dor, ela é uma criança com vozinha fina, uma menininha, não é uma adolescente com aparência de mulher”, disse.

“Ela, pelo visto, orquestrou a morte da mãe, planejou junto ao namorado. Eles chamaram a mãe, fizeram uma emboscada e mataram a facadas. Um garoto de apenas 14 e ela de apenas 11”, disse a autoridade policial.

Vizinhos queriam linchar padrasto

O padrasto havia chegado do trabalho depois da cena de morte da esposa e contou que correu e desceu as escadas da casa, que fica no segundo andar, e seguiu até o portão de acesso à rua. Do lado de fora, vizinhos queriam agredi-lo, achando que ele tinha matado a esposa.

“A menina gritava alto: ‘Você matou a minha mãe! Você matou a minha mãe’. Fiquei com medo das pessoas me lincharem. E eu não podia subir a escada porque os dois estavam lá e não deixavam. Foi uma emboscada”, contou o padrasto.

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