“Ele está tentando se recuperar e começou a fazer terapia”, acrescenta Daiany.
Segundo a advogada, o escritório dela irá atuar como assistente de acusação no caso. “Para que esse monstro tenha a maior pena possível. Sorriso está em luto. Há uma semana a cidade está transtornada e com medo.”
Após o crime, uma prima das meninas assassinadas está dedicada a desenvolver projetos que fomentem a proteção às mulheres. “O objetivo é evitar que tragédias desse tipo se repitam”, comenta a advogada.
Relembre o caso
A família de Regivaldo foi atacada na noite de 24 de novembro pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, que trabalhava em uma obra vizinha à casa. Segundo a polícia, ele entrou no imóvel pela janela de um banheiro.
O delegado Bruno França, responsável pelo caso, diz que o criminoso primeiro atacou a mãe com uma faca. Em seguida, golpeou as duas filhas mais velhas.
“Aí ele inicia uma série de estupros que começou com a mãe, vai para a filha do meio e a filha de 13. E quando ele termina, segundo ele, a gritaria da menina mais nova iria acabar alertando [a vizinhança] e ele opta por matá-la por esganadura”, afirmou o delegado. Segundo ele, os estupros foram cometidos enquanto as vítimas agonizavam.
França diz que o pedreiro monitorou a família antes do crime e que não demonstrou arrependimento ao ser preso. Ele já tinha passagem por latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro.
No momento do crime, Reginaldo estava em uma viagem a trabalho. Um dia depois dos acontecimentos, ele ficou preocupado por não conseguir contato com a família e pediu ajuda a um amigo.
Os corpos das vítimas foram localizados no dia 27, depois que vizinhos acionaram a polícia por desconfiar do sumiço da família, Gilberto foi preso no mesmo dia e transferido para uma cadeia em Sinop (MT) por causa do risco de linchamento.