Pai de motoboy morto em atropelamento confronta versão de advogado do suspeito

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Seu Osmando Leal (à esq.), pai do motoboy Orlando Pereira (à dir.) (Foto: Thaís Alencar e Arquivo Pessoal)

Osmando Leal, pai do motoboy Orlando Pereira, de 38 anos – atropelado por um carro que trafegava na contramão – confrontou, na terça-feira (19), a versão dada pela defesa do suspeito do condutor do carro, o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix.

Segundo o advogado Diego Cazé, Robson andou na contramão porque tentou fugir de uma tentativa de assalto. A manobra resultou no atropelamento de Orlando, em um cruzamento da avenida Esperança, no bairro de Manaíra. “Ele chega a parar ainda no local, tenta prestar assistência à vítima. Mas, como se vê nas imagens, várias outras pessoas também pararam. Pela animosidade desse tipo de circunstância, o local e horário. Ele se evadiu para se preservar”, disse.

Osmando contesta a versão. “Não tinha ninguém ao lado do meu filho quando ele caiu. Simplesmente, uma pessoa de bicicleta parou e chamou o Samu. Seu advogado, pago para mentir, disse que tinha gente querendo lhe linchar e por isso o senhor não parou. Mas, como que o senhor nem parou”, questionou e completa: “O senhor sabe, tem consciência daquilo que fez. Você pegou uma contramão em alta velocidade. Com uma pistola na cintura informar que foi por conta de uma tentativa de assalto? Quem é o maluco que vai assaltar alguém que está armado”.

Na segunda-feira (18), Osmando Júnior, irmão do motoboy disse que, ao retornar a região do acidente, foi abordado por uma testemunha espontânea que afirmou ter visto o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix, suspeito do caso, “embriagado”.

Ele desceu cerca de 100 metros depois do local do acidente. Estava cambaleando. Ele entrou no carro e foi embora”, afirmou. Ainda de acordo com o irmão do motoboy, outro motociclista seguiu o perito para filmar o comportamento. “Deu pra ver que o carro não seguia uma reta“, exclamou e questionou: “Será que vai ser mais um Ruan Macário? Eis a pergunta e a resposta fica com vocês”.

Robson Felix, perito criminal da Polícia Civil. | Foto: Redes sociais/Reprodução

Assistência

Osmando disse que o advogado enviou mensagens para a família da vítima questionando se eles precisavam de algum suporte financeiro.

Não queremos dinheiro. Somos pobres, mas ricos no poder de Jesus Cristo. Não quero dinheiro. Quero a vida do meu filho”, pediu.

E conclui: “no mínimo, o que eu quero da Justiça paraibana é que ele vá para a cadeia”.

por t5

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