Panamá reforça fronteira com a Colômbia para combater imigração ilegal e narcotráfico

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Membros do Serviço Nacional de Fronteiras do Panamá em 11 de fevereiro de 2022 na província de Darién - AFP

O governo panamenho reforçou nesta sexta-feira (11) a vigilância em sua fronteira com a Colômbia, onde predomina uma área de floresta, na tentativa de conter a imigração ilegal que cruza a América Central rumo aos Estados Unidos, e combater o narcotráfico que castiga a região.

“O Panamá tem que tomar medidas antecipadas, pois no ano de 2021 circularam 134.000 migrantes (ilegais) e este ano já temos mais de 5.000”, disse a jornalistas, na região fronteiriça de Darién, o ministro da Segurança, Juan Manuel Pino.

“O que enfrentamos no futuro, pelas mudanças geopolíticas e geoestratégicas dos Estados, é mais migração (ilegal) que vai passar pelo Panamá”, acrescentou.

Pino viajou nesta sexta para Darién, juntamente com diferente comandantes de forças policiais, para anunciar um reforço policial nesta região panamenha para combater a migração ilegal, o narcotráfico e o crime organizado.

A região de Darién, uma área de floresta de 266 km, na fronteira entre o Panamá e a Colômbia, tornou-se um corredor para os migrantes ilegais que, da América do Sul, tentam cruzar a América Central para chegar aos Estados Unidos.

Por esta mata virgem, de 575.000 hectares, e onde a densa vegetação impede às vezes ver o sol, os migrantes enfrentam múltiplos perigos, como animais selvagens, entre eles serpentes venenosas, além de rios caudalosos e grupos criminosos.

Segundo dados oficiais, durante o ano de 2021, cerca de 134.000 migrantes ilegais, principalmente haitianos e cubanos, atravessaram Darién, um número recorde, que superou o acumulado entre 2010 e 2020, quando foram registrados 117.000 no total.

No entanto, nos últimos meses tem havido um fluxo migratório irregular menor na fronteira, passando de um acesso médio mensal de mais de 25.000 migrantes entre agosto e outubro de 2021 a 4.700 em janeiro.

O Panamá também busca com o aumento da vigilância fronteiriça conter o narcotráfico da América do Sul, principalmente da Colômbia para os Estados Unidos, principal mercado consumidor de cocaína do mundo.

Os países centro-americanos apreenderam em 2021 cerca de 250 toneladas de drogas, um número recorde, provocado pelo aumento na produção da cocaína, a chegada ao mercado da droga armazenada durante a pandemia do coronavírus e as novas estratégias para seu transporte aos Estados Unidos e à Europa.

“O flagelo do narcotráfico não respeita fronteiras”, afirmou Pino. “A missão é clara: impedir e desarticular as ações do narcotráfico em nosso território”, acrescentou.

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