Paolo Guerrero corre o risco de pagar R$ 1,8 milhão ao Flamengo

Por Marcondes Brito

Desde 2018 o Flamengo vem tentando na Justiça do Rio de Janeiro conseguir uma indenização do jogador Paolo Guerrero, após o rumoroso caso de doping que foi protagonizado pelo peruano.

Para o Rubro-negro, o jogador foi negligente ao ingerir um chá proibido, tendo contribuído para “macular” a imagem do clube no episódio.

O processo corre na 9ª Vara Cível e tem como objetivo condenar Guerrero e sua empresa Paolo Guerrero – Eirelli ao pagamento de R$ 1,8 milhão pelos 121 dias em que o clube não pôde “usufruir” da imagem do jogador, já tendo pago o valor acertado em contrato, um total de R$ 16 milhões.

Guerrero foi suspenso após ter sido flagrado em exame antidoping que testou positivo para um metabólito da cocaína, em jogo pela seleção peruana nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Ele havia sido suspenso inicialmente por 14 meses pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas uma liminar no Tribunal Federal da Suíça reduziu a pena para seis meses, o que liberou o jogador para atuar no Mundial da Rússia.

Esta semana, o Flamengo conseguiu decisão favorável que declarou ser de competência da Justiça Estadual julgar o processo. Meses atrás, a pedido da defesa, a 9ª Vara Cível da Comarca da Capital havia decidido ser de competência da Justiça do Trabalho tratar do tema.

O voto da desembargadora Norma Suely Fonseca Quintes, relatora do recurso, desta feita, foi favorável ao Flamengo e, em síntese, sentencia:

“O contrato do direito de imagem não está vinculado ao contrato de trabalho, não se justificando, portando, sejam os autos remetidos àquela justiça especializada”.