Papa Francisco faz discurso contra legalização de drogas

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Lula e papa Francisco. Foto: Ricardo Stuckert/ PT

O Papa Francisco fez um discurso contra a legalização das drogas no Vaticano na quarta-feira (26), um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

Segundo o Vatican News, o discurso antidrogas do Papa ocorreu por conta do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado nesta quarta. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral da ONU em 1987.

“As drogas pisoteiam a dignidade humana. A redução da dependência de drogas não é alcançada pela legalização do uso de drogas, como algumas pessoas têm proposto ou alguns países já implementaram. Isso é uma fantasia”, disse Francisco.

Mesmo ilegal em muitos países, a maconha é a droga mais usada no mundo, segundo a ONU. Na Europa, por exemplo, é consumida por 8% da população.

O Papa disse ainda que a liberalização de drogas leva a um maior consumo das substâncias. Por outro lado, especialistas afirmam que a descriminalização da maconha e outras drogas gera benefícios como uma maior conscientização da sociedade e do poder público sobre a droga, mais diálogo e maior possibilidade de ofertar tratamento apropriado a viciados.

Segundo o Papa, o uso de drogas empobrece comunidades e causa “histórias trágicas” para viciados em drogas e suas famílias. “Estou convencido de que é um dever moral acabar com a produção e o tráfico dessas substâncias perigosas”, disse Francisco.

A decisão do STF, no entanto, não significa que está liberado usar maconha no Brasil. O tema gera debate do ponto de vista de saúde pública e levanta questionamentos sobre se poderá levar ao aumento do número de usuários ou ao agravamento do tráfico de drogas.

O detalhamento da conclusão do plenário do STF sobre a descriminalização do porte da maconha para uso individual será anunciado em nesta quarta (26), e também definirá a quantidade que difere usuário de traficante. Os ministros vão fixar uma tese que será usada para julgar casos semelhantes em instâncias inferiores.

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