Paraíba registra 25 crimes violentos contra mulheres transexuais e travestis em 6 anos, segundo relatório

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Renata Ferraz. Foto: Reprodução

Por Grace Vasconcelos*

A Paraíba registrou 25 casos de crimes violentos de mulheres trans e travestis entre 2017 e 2022, segundo dados divulgados em relatório da Secretaria da Mulher e Diversidade Humana. De acordo com o documento, as vítimas foram 14 mulheres transexuais e 11 travestis. Em 2022, uma mulher transexual e uma travesti foram vítimas de crime violento, sendo uma delas a adolescente Renata Ferraz, de 16 anos.

O caso Renata Ferraz voltou a ganhar repercussão com a exibição no programa Linha Direta, em 1º de junho, e novamente com a prisão do suspeito que estava foragido, Geovane de Lima Galdino Silva, na última terça-feira (4). Ela foi assassinada por asfixia mecânica. A polícia acredita que o crime, já premeditado, foi cometido após a esposa de Geovane descobrir que ele tinha um caso com a vítima.

Violência contra mulheres trans e travestis na Paraíba

De acordo com o relatório, o ano de 2020 é o mais violento registrado: as vítimas são duas mulheres transexuais e cinco travestis, representando quase metade das vítimas daquele ano. Ao todo, foram 16 casos de crimes violentos. Em 2021, os crimes reduzem e uma mulher transexual é vítima.

Em 2017, as vítimas foram oito mulheres transexuais. No ano seguinte, em 2018, foram duas mulheres trans e um homem trans, o único dos seis anos analisados. Em 2019, cinco travestis foram vítimas.

Crimes violentos letais e intencionais contra mulheres transexuais, travestis e homens transexuais

Ano Mulher transexual Travesti Homem transexual
2017 8 0 0
2018 2 0 1
2019 0 5 0
2020 2 5 0
2021 1 0 0
2022 1 1 0
Total 14 11 1

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