Paraibano encontrado morto em geladeira foi dopado, aponta laudo

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Adonias Ferreira, encontrado dentro de uma geladeira. Foto: Reprodução

A investigação do caso do paraibano encontrado morto em uma clínica clandestina em Itapetim, no interior de Pernambuco, ganhou um novo capítulo. Um laudo pericial feito no corpo de Adonias Ferreira, encontrado dentro de uma geladeira, no interior do imóvel, apontou algumas substâncias químicas em seu organismo.

Após 40 dias de investigação, a perícia apontou que a causa da morte foi overdose. Segundo laudo, foram encontradas no fígado e no sistema digestório pelo menos cinco substâncias de medicamentos usados no tratamento de doenças psiquiátricas. Algumas dessas substânicas são injetáveis.

De acordo com a perícia, há possibilidade de Adonias ter sido dopado com altas doses de medicamentos.

Foram presos um falso médico de 31 anos e mais duas pessoas sendo uma delas a mãe dele. As prisões ocorreram em São Paulo.

O caso

O rapaz foi encontrado no dia 3 de novembro desse ano, após passar cerca de três semanas desaparecido. Em entrevista, Ana Rita, irmã do rapaz, revelou que ele estava na casa dela, em Teixeira, na Paraíba, sua cidade natal, quando recebeu a mensagem e se apressou para ir embora. Foi a última vez que foi visto com vida.

O corpo, em avançado estado de decomposição, foi encontrado dentro de uma geladeira na cidade de Itapetim, interior de Pernambuco. A polícia suspeitou, a princípio, de que os restos mortais seriam mesmo do jovem Adonias Ferreira, desaparecido desde a primeira quinzena de outubro. A família foi até o local e confirmou a informação.

Apesar do recohecimento preliminar, o corpo foi encaminhado para uma unidade do Institutlo de Medicina e Odontologia Legal (IML), onde a identidade foi confirmada oficialmente.

O homem apontado como o responsável pelo estabelecimento é considerado pela polícia como um falso médico, de 31 anos. Ele foi preso em São Paulo, juntamente com outras duas pessoas, entre elas, sua mãe.

A família informou que Adonias morava em São Paulo e estava na Paraíba visitando parentes. Ele fazia os percursos entre Teixeira e Matureia de carro. A irmã disse que dias após o desaparecimento, o carro de Adonias foi encontrado em uma praça no município de Itapetim, já em Pernambuco.

“Um homem estava guardando o carro. Ele foi ouvido pela polícia e liberado. Ele disse que guardou a pedido de outros dois homens, mostramos a foto do meu irmão e ele disse que nenhum dos dois era Adonias. Esses homens também foram ouvidos, mas não estão presos”, relatou Ana Rita.

A mãe de Adonias, Maria de Lourdes, disse que o filho era uma pessoa muito querida por todos e nunca deu trabalho. “Ele não era de sair, de ser irresponsável. Era uma benção, todo mundo gostava dele. Ele não tinha vícios, não fumava, não bebia, não tinha maldade, só tinha tudo de bom para oferecer às pessoas”, afirmou.

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