Partido suspende vereador que escreveu mensagem racista contra criança

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Vereador Gercimar Maximiliano de Mattos (Gerson do Bar). Foto: Reprodução

São Paulo – O partido Solidariedade suspendeu, por seis meses, a filiação do vereador de Planalto (SP) Gercimar Maximiliano de Mattos, acusado de proferir ofensas racistas à filha de 2 anos de Carolaine Vilela, moradora da cidade. A mulher recebeu as mensagens via WhatsApp e denunciou o caso à polícia.

O parlamentar atacou a criança após ver, nas redes sociais, uma foto da menina com a filha dele. Ele escreveu: “Eu não quero essa sua pretinha feia e fedida com a minha filha”.

O delegado Alexandre Del Nero Arid, da Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP), investiga se Gercimar, conhecido como Gerson do Bar, cometeu injúria racial contra a criança.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (17/11), o Solidariedade afirmou que a suspensão do vereador pode ser prorrogada por mais seis meses. Além disso, ele pode ser expulso do partido caso a veracidade das mensagens seja comprovada.

“O Solidariedade aguardará a apuração dos fatos junto às autoridades competentes e se comprovada a veracidade das mensagens, poderá encaminhar o caso para Comissão de Ética com a solicitação da expulsão do vereador”, disse a legenda.

Polícia investiga

O partido declarou que “repudia qualquer forma de discriminação, seja cor, religião, orientação sexual, gênero ou qualquer outra categoria”.

O caso é investigado sob sigilo. Gercimar Maximiliano será intimado nos próximos dias para ser ouvido na delegacia. As mensagens de WhatsApp já foram coletadas pela polícia e os celulares do vereador e da mãe da vítima devem ser periciados.

O caso é investigado, sob sigilo, pela Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um inquérito já foi instaurado e o delegado Alexandre Del Nero Arid analisa se o vereador cometeu crime de injúria racial.

Carolaine foi ouvida na delegacia, mas Gercimar Maximiliano será intimado para prestar depoimento nos próximos dias. Os celulares dos dois devem ser periciados. Segundo a polícia, as mensagens de aplicativo foram coletadas e podem auxiliar nas apurações.

A mãe da vítima será ouvida novamente, e as investigações prosseguem para esclarecer os fatos.

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