Problemas de saúde
Em agosto, Marcola foi levado de helicóptero para fazer exames médicos em um hospital público do Distrito Federal, com algemas e sob escolta de 90 policiais fortemente armados. Ele foi diagnosticado com gastrite enantematosa, tipo de inflamação que afeta a mucosa que recobre o estômago.
“Nós familiares não queremos que sirvam lagosta, e sim, apenas uma comida possível de ser comer”, diz. “Entendemos que tem diversas pessoas no mundo passando fome, o Estado está fornecendo comida, ainda que pouca, e de fome ele não vai morrer! Mas a verdade é que o dinheiro é do Estado e tem que ser fiscalizado, nesse caso, para onde vai o dinheiro que seria destinado aos custodiados pelo Estado?!”.
No comunicado, a mulher afirma que estariam “submetendo Marco a um método de tortura pelo resto da vida” e que estaria “extremamente preocupada com o estado da saúde mental do seu marido”. Ele estaria em uma cela ao lado de três presos de quem, “por questões de foro íntimo”, teria preferido se afastar.
“Marco nunca sai da cela para o banho de sol, apenas para visita que ocorre uma vez por semana”, diz. “A unidade o isolou como se estivesse em um pavilhão inteiro só para ele, vivendo em completa solidão”.
Ainda segundo o comunicado, a mulher “tem percebido que seu marido vem sempre muito pálido, com as mãos bem trêmulas, que só vão passando após 1 hora de visita”. A visita acontece no parlatório, sem contato físico.
O portal procurou a Secretaria Nacional de Políticas Penais. Até o momento, não houve retorno, mas o espaço segue aberto para manifestações.