PF avalia bloqueio de contas de Bolsonaro, dizem fontes; prisão não é descartada

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Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) quer analisar os dados bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e avaliar todas as medidas legais à disposição, incluindo bloqueio de contas, bens e, eventualmente, prisão, afirmou uma fonte da cúpula da corporação.

A PF age com cuidado no caso, não colocando precipitadamente o ex-chefe de Estado no centro da suposta organização criminosa que teria desviado e vendido ilegalmente joias recebidas pelo governo brasileiro.

Entretanto, a fonte pontuou que a corporação não evitará medidas mais rígidas devido à opinião pública e que “não nos guiamos por política”. “Nada está descartado”, colocou.

Informalmente, a Polícia Federal diz que, se houver motivo ou suspeita de que Bolsonaro atrapalhará as investigações, a corporação deve agir dessa maneira, conforme pontuou Raquel Landim.

Quebra de sigilo de Bolsonaro e Michelle

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na noite de quinta-feira (17), autorizou a quebra os sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Brasil e no exterior.

A determinação atende um pedido feito pela Polícia Federal (PF). A reportagem procurou a defesa de Bolsonaro e aguarda retorno.

Michelle se pronunciou em publicação no stories do Instagram, na manhã da sexta-feira (18), e disse: “Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve, não teme!”

“Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão! Estou em paz!”, completou.

Segundo apurou a reportagem, a decisão também afeta as contas no Brasil e exterior do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid.

O pedido da PF sobre as contas no exterior foi feito por meio do Acordo de Cooperação Internacional com o governo dos Estados Unidos.

A suspeita é de que as contas teriam sido usadas para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.

*publicado por Tiago Tortella

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