PM é presa após atirar durante briga com namorado e ferir casal em casa noturna

Uma policial militar foi presa em flagrante no dia 16 de fevereiro depois de atirar dentro de uma casa noturna, na zona oeste de São Paulo, durante uma briga com o namorado. O disparo atingiu, sem gravidade, um casal que estava no local.

A Polícia Militar afirma que instaurou procedimento para apurar a conduta da soldado.

De acordo com o boletim de ocorrência, a soldado de 28 anos discutiu com o namorado, um empresário de 26 anos, quando estavam na pista de uma casa noturna.

Os seguranças da casa noturna, ainda de acordo com o registro policial, foram acionados em razão da discussão e, ao se aproximarem, viram a PM com a arma apontada para o abdômen do namorado.

O empresário tentou desviar a arma e, nesse momento, ocorreu o disparo, segundo relato dos seguranças à polícia. Uma mulher de 23 anos que estava próxima ao casal foi atingida na perna e o namorado dela teve ferimentos no pé.

Após o disparo, os seguranças conseguiram imobilizar a soldado, retirar a arma dela e acionar a PM.

O homem atingido no pé foi socorrido por militares ao pronto-socorro do Hospital São Luiz, na avenida Santo Amaro. Ele teve o ferimento suturado e foi liberado. A namorada dele foi atingida apenas de raspão.

O empresário disse que se lembra apenas de estar na balada e da discussão com a PM. Ele afirmou que bebeu muito e não se recorda de a policial ter apontado a arma para ele nem do momento do disparo.

A soldado declarou que discutiu por ciúmes do namorado, porém não se recorda de ter empunhado a arma de fogo nem do momento do disparo. Disse apenas se lembrar da intervenção dos seguranças, que gritavam para que ela entregasse a arma. Ela negou ter bebido ou usado drogas.

Após prestar depoimento, o delegado Lucas Tavares de Melo, do 27º DP (Campo Belo), decretou a prisão em flagrante da soldado por lesão corporal culposa e disparo de arma de fogo.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que a policial foi liberada pela Justiça após audiência de custódia e que “a instituição reforça que não compactua com desvios de conduta e todos os casos são apurados rigorosamente”.