Polícia demite agente que disputava com Ecko, maior miliciano do Rio
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Foto: Montagem/Arquivo
Rio de Janeiro – A Polícia Civil demitiu o inspetor Rafael Luz Souza, o Pulgão (à dir. na foto acima), acusado de ter disputado território com Wellington da Silva Braga, o Ecko (à esq. na foto acima), considerado o maior miliciano do Rio, morto em ação policial em junho. A demissão do servidor, investigado pela Corregedoria do órgão, teve publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (5/11).
Pulgão foi preso em julho de 2018, na Barra da Tijuca, zona oeste. Ele foi denunciado à polícia por ter discutido armado dentro de uma boate. Quando saiu do local, em conjunto com outros três criminosos, acabou parado por agentes.
O grupo que, estava em dois carros, foi flagrado com duas pistolas e quatro fuzis. Pulgão foi condenado na 33ª Vara Criminal a quase a nove anos de prisão e recorreu.
![Polícia Civil captura Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro](https://i0.wp.com/uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/06/12090204/miliciano-baleado-rio1.jpeg?resize=477%2C333&ssl=1)
![Miliciano carioca Ecko é baleado após ação da polícia do RJ](https://i0.wp.com/uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/06/12150150/ecko-3-1024x646.jpeg?resize=640%2C404&ssl=1)
Na ocasião, foram detidos ainda o ex-PM Antônio Carlos de Sousa Filho, o ex-armeiro do Exército Célio Palma Junior e Weslley Rangel Santos, também condenados.
De acordo com as investigações sobre o envolvimento do ex-policial com a milícia, ele comandava um bando que controlava a favela da Carobinha, em Campo Grande, na zona oeste, única do bairro não dominada por Ecko. Pulgão disputava espaço com o desafeto a tiros.
Por ser policial, ele colaborava com delegacias para que fossem realizadas prisões de rivais e tinha acesso a informações da quadrilha de Ecko. Como o rival, Pulgão andava cercado de seguranças.
O bandido é réu em mais dois processos. Em um deles, responde pelo homicídio de Wagner Luís Ribeiro Adão, em 2017. Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público, o então policial civil ordenou o assassinato “por vingança, pelo fato de a vítima não ter aceitado proposta para fazer parte da milícia da qual é líder”.