Príncipe Harry diz que realeza britânica ‘foi para cama com diabo’ da imprensa dos tabloides
Por Reuters
O príncipe Harry disse que tornou públicas suas desavenças com a família real britânica e que partiu para o ataque contra a imprensa para tentar ajudar a monarquia e mudar a mídia, em uma investida que seu pai, o rei Charles III, descreveu como uma “missão suicida”.
Na primeira de uma série de entrevistas ao canal britânico ITV transmitidas no domingo (8), antes do lançamento de seu livro de memórias, Harry acusa membros de sua família de “ir para a cama com o diabo” –a imprensa dos tabloides britânicos– para manchar a reputação dele e de sua esposa Meghan Markle e melhorar suas próprias reputações.
Ele disse à ITV britânica que fugiu do Reino Unido com sua família para a Califórnia em 2020 “temendo por nossas vidas” e disse que não reconhece mais seu pai ou seu irmão mais velho, o príncipe William, herdeiro do trono.
“Depois de muitos, muitos anos de mentiras sendo contadas sobre mim e minha família, chega um ponto em que, voltando ao relacionamento entre certos membros da família e a imprensa tabloide, esses membros decidiram ir para a cama com o diabo… para reabilitar sua imagem”, disse ele.
“No momento em que essa reabilitação ocorre em detrimento de outros, de mim, de outros membros da minha família, é aí que eu traço um limite.”
O livro de Harry, “Spare”, que foi colocado à venda na Espanha por engano cinco dias antes de seu lançamento oficial, narra não apenas detalhes extremamente pessoais, como como ele perdeu a virgindade e usou drogas, mas também revela instâncias privadas mais íntimas de desarmonia familiar.
Seu irmão mais velho o agrediu em uma briga, e os dois irmãos imploraram a seu pai que não se casasse com sua segunda esposa, a rainha consorte Camilla, diz o livro.
Comentaristas dizem que isso mergulhou a monarquia em sua maior crise desde os dias da telenovela real na década de 1990, em torno do fim do casamento de Charles com sua primeira esposa, a princesa Diana.
Tudo isso acontece apenas quatro meses após o falecimento da rainha Elizabeth e a ascensão de Charles ao trono.