Propósitos e efeitos políticos da filiação de Bruno ao União Brasil

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Bruno Cunha Lima. Foto: Reprodução

A filiação do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, ao União Brasil já deu muito pano pra manga durante este ano de 2023. Por meses se falou no assunto. O senador Efraim Filho convidava Bruno e ele segurava a resposta, gerando muitas informações em torno do tema. Mesmo depois de confirmada a filiação, ainda decorreu um bom lapso de tempo para o fato se consumar, gerando mais expectativas. Finalmente, o estica acabou no fim de semana.

A demora parece ter sido premeditada. Ajudou não apenas para o amadurecimento da decisão do prefeito como para preparar o melhor momento para o evento.

Realizada agora, a filiação se juntou a algumas ações administrativas que visam gerar um clima favorável ao projeto de reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima. Busca produzir um movimento de melhoria da imagem da gestão e de fortalecimento político. O próprio prefeito afirma que sua gestão estaria vivendo o “melhor momento”.

Foi nesse contexto, então, e com característica de festa popular, que o evento da filiação foi preparado. Lógico que há distância entre intenção e resultado,  mas não dá para negar que a filiação deixou boa impressão.

O problema agora, para os principais atores desse processo político, é buscar os outros propósitos da filiação.

Para o prefeito Bruno Cunha, os objetivos são ter um partido com programa conservador nos costumes e com estrutura para lhe garantir recursos e tempo de propaganda suficientes para a campanha eleitoral, além de dispor de força política em Brasília para ajudar a administração. O União Brasil tem essa força por integrar o governo Lula e dispor de bom volume de emendas parlamentares, sobretudo, as do senador Efraim Morais Filho.

Para o União Brasil na Paraíba, os propósitos parecem ser conquistar a força de o transformar no segundo maior partido político da Paraíba (perdendo para o PSB em número de prefeitos e soma de votos nos municípios e nas eleições regionais), ganhar perspectiva concreta de se consolidar como a maior força de oposição no Estado nas eleições de 2024 e a possibilidade de montar uma chapa bem competitiva nas eleições estaduais de 2026. Observe-se que o plano conta com a participação do senador Veneziano Vital do Rego, presidente estadual do MDB.

Nesse jogo de Campina Grande, o presidente estadual do União, Efraim Filho, cumpre bem o papel de livre estrategista ou de franco atirador. Já Bruno veste a melhor camisa para o jogo.

Todavia, como todo jogo tem suas complicações, o prefeito Bruno Cunha Lima tem uma pedra no calcanhar, que é o deputado Romero Rodrigues (Podemos), que não base decide sobre às eleições do próximo ano.

por Josival Pereira, t5

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