Proposta de Haddad de taxar super-ricos deve dar fôlego a ele junto a setores de esquerda

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Fernando Haddad. Foto: Reprodução

por Fábio Zanini

A proposta feita pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) na reunião do G20 em São Paulo, na última semana, de taxar os super-ricos, deve melhorar seu cartaz junto a setores de esquerda que torcem o nariz para o discurso de austeridade fiscal. A ideia é popular nos setores progressistas, e não apenas no Brasil.

Com isso, Haddad repete um movimento feito frequentemente pelo presidente Lula (PT): reforçar a defesa de pautas de esquerda na política externa, o que dá uma compensação para a base do PT, insatisfeita com excesso de moderação e alianças com o centro e a direita.

O ministro é alvo frequente de críticas no PT. Em dezembro, o partido aprovou uma resolução em que defendia que “o Brasil precisa se libertar do austericídio fiscal”.

“Olha, é curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: ‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ E o Haddad é um austericida”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal O Globo.

“Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo’”, continuou o ministro.

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