Quando os contrários se atraíram na política e o que resultou disso

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Lula e Geraldo Alckmin. Foto: Reprodução

Por Ricardo Noblat

Acompanho de perto a política nacional desde que desembarquei em Brasília em 1982. Vi José Sarney, presidente da Arena, partido que apoiava a ditadura militar de 64, opôs-se ao restabelecimento da eleição direta para presidente da República.

Meses depois, vi Tancredo Neves, candidato da oposição à sucessão do general João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar de 64, convidar Sarney para ser seu vice, e ele aceitou. Eleito, Tancredo morreu sem tomar posse.

Sarney fez mais pela consolidação da democracia do que muitos que militaram na oposição ao regime militar. Itamar Franco como vice de Fernando Collor foi a aliança improvável seguinte. Collor era uma fraude, e a direita sabia disso. Itamar, um político sério.

Collor caiu e Itamar governou com sabedoria. Escolheu Fernando Henrique Cardoso para ministro da Fazenda. E o sociólogo, cujo o forte jamais foi a economia, bancou o Plano Real que manietou a inflação de 80% ao mês. Elegeu-se e se reelegeu presidente.

Nas duas ocasiões, derrotou Lula no primeiro turno. Os dois foram aliados quando o sociólogo, para se eleger senador, contou com o apoio do então líder sindical. Em 2002, o candidato de Fernando Henrique a presidente foi José Serra, mas ele torceu por Lula.

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