“Que pague por tudo”, diz filha de acusada por envenenar enteados

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Cíntia Mariano Dias Cabral. Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Carla e Lucas Mariano, filhos de Cíntia Mariano Dias Cabral, acusada de envenenar seus enteados, fizeram um desabafo nas redes sociais nesta quarta (15/6) desejando que a mãe pague pelo que fez e afirmando que sentem “culpa” e “raiva”.

Carla compartilhou nos Stories do Instagram um trecho de uma notícia, na qual aparecia fala do advogado da mãe, que dizia que a prisão havia sido “precipitada”. Na última terça (14/6), a Justiça do Rio prorrogou por mais 30 dias a prisão de Cíntia.

“Prisão precipitada? Ela assumiu para mim e para o meu irmão, ligamos para a polícia e ela sabia que iríamos entregá-la (e ela esperou chegar para buscá-la). Quem que não é culpado se entregaria por algo que não fez? O sentimento é de raiva. Raiva de ter tanto tempo convivido e ter sido gerada por uma monstra. Raiva de ter como mãe”, escreveu Carla.

“Nem mil anos de cadeia vai trazer a vida da minha irmã de volta, que nunca fez um mal a ninguém! Desejando todos os dias que ela pague por tudo!”, acrescentou.

Já Lucas publicou, também no Instagram, um texto dizendo que não tem contato algum com a mãe. “Nada, nenhuma informação, nenhuma notícia. Sabemos tudo através da mídia. Após todo o ocorrido, recusamos pagar advogado”, afirmou.

“E sabe o que dói? Em nenhum momento ela pergunta sobre os filhos, nada. Parece que nunca existimos. Eu me questiono todo santo dia, ainda me culpo por sentir saudades de certas coisas. Pesadelo que não acaba nunca! Só mais uma porrada da vida que, com a ajuda de Deus, vamos passar”, escreveu.

Os dois filhos de Cíntia já prestaram depoimento na 33ª DP, que investiga o caso. Segundo o jovem, sua mãe confessou para ele que envenenou os enteados.

Relembre

O caso veio à tona em 20 de maio. Segundo as investigações, Cíntia teria envenenado Fernanda Cabral, de 22 anos, sua enteada. A jovem foi internada em 15 de março com sintomas como tontura, vômitos e dificuldades para respirar. Ela permaneceu internada por 12 dias e morreu no hospital, em função de uma parada cardíaca.

Mas a família não suspeitou de envenenamento até que o irmão de Fernanda, Bruno Cabral, de 16 anos, apresentou sintomas semelhantes ao dar entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste carioca, no dia 15 de maio.

O adolescente relatou que havia comido, naquele domingo, um feijão preparado pela madrasta, Cíntia, que estava com um gosto amargo e havia “pedrinhas azuis” nele. Logo depois, acabou internado, chegou a ser intubado, mas conseguiu sobreviver.

Desde então, a mãe dos dois jovens, Jane Cabral, acusa a madrasta de ter envenenado seus filhos e o caso é investigado pela Polícia Civil. O resultado de uma perícia feita pelo Instituo Médico Legal (IML) em Bruno indicou que ele ingeriu chumbinho, um veneno comumente usado para matar ratos e que pode ser letal em humanos.

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