Quem é Sâmia Bomfim; deputada federal é irmã de ortopedista assassinado no Rio

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Deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal vai acompanhar as investigações sobre o assassinato do ortopedista Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, e outras duas vítimas de um atentado a tiros na madrugada da quinta-feira (5) no Rio de Janeiro.

Diego é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Uma quarta pessoa também foi atingida, mas foi socorrida e levada ao hospital em estado grave.

  • O que aconteceu? Diego estava com quatro médicos em um quiosque na Barra da Tijuca quando três criminosos saíram de um carro e atiraram ao menos 33 vezes contra o grupo.

O governador Claudio Castro e a Polícia Civil do Rio acreditam em execução. Ainda não se sabe, no entanto, se a motivação do crime está ligada à deputada do PSOL.

Quem é Sâmia Bomfim?

Deputada federal reeleita por São Paulo, Sâmia Bomfim é filiada ao PSOL e, antes de ocupar o cargo, foi vereadora de São Paulo entre 2016 e 2018. Sâmia nasceu em Presidente Prudente (SP) e tem 34 anos.

Ela é considerada uma das parlamentares brasileiras mais atuantes no movimento feminista, foi a segunda mulher mais votada do PSOL no país e a quinta deputada mais votada no estado de São Paulo.

Em agosto do ano passado, Sâmia registrou um boletim de ocorrência por ameaças de morte e estupro. As ameaças também foram direcionadas ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), com quem tem um relacionamento desde 2019, e ao filho de dois anos do casal.

Em junho deste ano, um dos autores das ameaças foi preso por suspeita de estupro e aliciamento de menores. O homem é suspeito de abusar de adolescentes que conheceu na rede social Discord.

Ataques à deputada

Sâmia Bomfim também tem um histórico de combate às pautas da extrema direita, além de ter sofrido diversos ataques por políticos da ala bolsonarista do Congresso. Recentemente, teve atuação de destaque na CPI do MST, comissão instalada para apurar invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

Na CPI, Sâmia chegou a fazer um trocadilho com o relator Ricardo Salles (PL-SP), réu por exportação ilegal de madeira. A deputada se referiu a Salles como “reúlator”.

Em outro episódio, o presidente da CPI do MST, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), chegou a cortar o microfone da deputada no momento em que ela lia uma notícia sobre investigação da PF contra Zucco, suspeito de patrocinar e incentivar atos antidemocráticos.

Em outro momento, Zucco também disse que a deputada estava nervosa, e perguntou se ela queria um hambúrguer “para se acalmar”.

Em um caso não relacionado, em junho do ano passado, a deputada federal Carla Zambelli foi condenada a pagar R$ 30 mil para a Sâmia por associar ela e a deputada Talíria Petrone a ‘figuras demoníacas’ e genocídio.

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