Quem são os reféns resgatados pelo Exército israelense com vida em Gaza
O Exército de Israel afirmou ter resgatado no sábado (8), com vida, quatro reféns que estavam sob poder do Hamas há oito meses.
Em comunicado, as Forças Armadas israelenses afirmaram que os quatro estão “em bom estado de saúde”, mas foram levados a um hospital em Israel para exames.
Quem são os resgatados:
Noa Argamani, de 26 anos
A israelense apareceu em um vídeo sendo levada por terroristas e sendo separada de seu namorado durante o festival de música eletrônica atacado pelo Hamas em 7 de outubro.
Nascida na China, Noa Argamani completou 26 anos dias depois de ser sequestrada. Na ocasião, sua família fez um apelo para que ela fosse libertada.
A mãe da jovem, a chinesa Liora Argamani, disse sofrer uma doença terminal e apelou aos terroristas que a deixassem ver sua filha antes de morrer.
O primeiro-ministro israelenses, Benjamin Netanyahu, chegou a pedir ajuda ao governo da China para pressionar o Hamas pela sua libertação.
Em janeiro, a família recebeu uma prova de vida de Argamani: o Hamas divulgou um vídeo em que a jovem aparece pedindo que o Exército de Israel interrompa os bombardeios em Gaza, sob risco de que ela e outros dois reféns fossem executados.
No dia seguinte, em um novo vídeo, os terroristas exibiram uma nova gravação de Noa Argamani, dizendo que os outros dois reféns haviam sido mortos por ataques israelenses em Gaza.
Almog Meir, de 21 anos
Também estava no festival de música eletrônica atacado pelo Hamas. Ele e um amigo chegaram até o carro para fugir, mas só conseguiram percorrer uma curta distância antes de serem forçados a parar. A família de Almog afirmou ter visto um vídeo com reféns no qual ele aparecia.
Andrey Kozlov, de 27 anos
Shlomi Ziv, de 40 anos
Hamas diz que outros israelenses sequestrados morreram em resgate de reféns por Israel em Gaza
O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, disse no sábado (8) que a operação feita para resgatar quatro reféns na Faixa de Gaza resultou na morte de outros israelenses sequestrados.
No mesmo local onde o resgate foi feito, em Nuseirat, no centro do território palestino, 210 palestinos também morreram durante incursões feitas pelo Exército israelense.
Um soldado israelense também foi morto durante a operação de resgate, que libertou neste sábado, com vida, quatro reféns que estavam sob poder do Hamas havia oito meses.
O Hamas não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se as mortes dos palestinos estão diretamente relacionadas à operação de resgate. No entanto, em um comunicado, as brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, relacionou a libertação dos reféns a “massacres horríveis”.
“Israel, ao cometer massacres horríveis, conseguiu libertar alguns dos seus reféns, mas matou outros durante a operação”, disse o porta-voz das brigadas Al-Qassam, Abu Ubaida.
O grupo terrorista, no entanto, não afirmou quantos reféns teriam morrido e nem os identificou. Também não informou de que forma eles teriam morrido — o Exército de Israel disse que o resgate foi feito sob intensa troca de tiros.
Ainda há cerca de 130 pessoas, entre os sequestrados pelo Hamas na invasão a Israel em 7 de outubro, sob poder do grupo.
O campo de refugiados de Nuseirat, onde o resgate foi feito, é uma das regiões mais populosas da Faixa de Gaza, e abriga famílias de palestinos que foram retiradas de territórios após a criação do Estado de Israel, em 1948.
O governo de Israel não havia comentado a afirmação do Hamas de que outros reféns foram mortos até a última atualização desta reportagem.
Já o vice-chefe da Jihad Islâmica palestina, Mohammad Al-Hindi, afirmou que a operação de Israel deste sábado não afetará as negociações para um acordo de cessar-fogo que estão em andamento entre o governo israelense e o Hamas.