Quem viu, viu e quem não viu o Brasil ganhar a Copa não verá tão cedo

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Foto: Buda Mendes/Getty Images

Por Paulo Victor Soares

Lá em 2002, há quase 20 anos, o brasileiro madrugava para ver Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho nos sete jogos que levaram o Brasil ao pentacampeonato mundial. Era muito pequeno e também vi o tetra, mas realmente o penta foi marcante.

Assim como muitos de minha geração, fui um dos torcedores que foram da tristeza com a falha bizarra do brasiliense Lúcio ao êxtase com o gol antológico da vitória – sem querer, convenhamos -, de Ronaldinho Gaúcho nas quartas de final contra a Inglaterra. Com o 3-5-2 de Felipão. E como não citar o passeio na final sobre a Alemanha. Com a maior atuação de um centroavante em final de Copa do Mundo que este jornalista já acompanhou.

Mas infelizmente tudo isso ficou no passado e tudo indica que deve continuar por lá por muito tempo, infelizmente. Creio que nem mesmo o mais otimista dos brasileiros acredite que o Brasil possa ganhar a próxima Copa do Mundo, neste ano, no Catar.

E aí vão alguns motivos para a dura realidade: o Brasil não enfrenta adversários à altura na América do Sul, além da Argentina, que vai ao Catar como grande favorito do continente; Tite é um bom treinador, mas não respeita mais o critério “bola”, pois chamar Coutinho e deixar nomes como Raphael Veiga e Hulk fora de uma convocação é no mínimo desrespeito com a Amarelinha e com seus torcedores; e a Seleção Brasileira simplesmente não está no mesmo nível de competição de outros favoritos em 2022.

Ou alguém ainda quer comparar os grandes jogos da Eurocopa com as atuações modorrentas do Brasil por aqui?

Mas calma, apesar do título, este não é um texto pessimista, muito pelo contrário. É de autoria de um amigo, ao menos é o que ele diz, o conceito de “secada invertida”, quando você fala ou pensa algo, mas torce justamente pelo contrário. E sim, apesar do desempenho pífio nos últimos mundiais, ainda sou um dos torcedores da Seleção e quero ver a sexta estrela em nossa camisa.

E tenho fé no futuro, com nomes como Vinicius Junior, Rodrygo, Endrick e tantos outros grandes talentos que o Brasil vem voltando a produzir. Mas você acredita na atual Seleção Brasileira? Eu não. Então quem viu, viu.

 

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