Saiba qual é a dívida da ex-mulher de Cabral em condomínio de luxo de Ipanema

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adriana ancelmo

Adriana Ancelmo. Foto: Carlos Magno/Gov do Rio de Janeiro

A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo possui uma dívida de condomínio de R$ 31.188,70, relativa a dois apartamentos no Edifício Wave, em Ipanema, na Zona Sul da capital. Ela teve a penhora de créditos, dividendos e honorários recebíveis de seu escritório de advocacia determinada pela Justiça.

A decisão é da juíza Caroline Fonseca, da 28ª Vara Cível do Rio, em ação para saldar o débito. O escritório de Adriana Ancelmo deverá depositar o valor penhorado em conta judicial, no prazo de 15 dias após a notificação, sob pena de penhora on-line.

Edifício Wave, onde a ex-primeira-dama tinha dois apartamento – Reprodução/Google Street View
Adriana e Sérgio se separaram após a prisão do ex-governador – Shana Reis/Gov do Rio de Janeiro

No total, o valor devido era de quase R$ 200 mil, mas, como os apartamentos 604 e 904 foram a leilão em outubro de 2018 pela Justiça Federal, o condomínio conseguiu receber R$ 166 mil. Restou o valor de R$ 31.188,70, que deverá ser saldado pela ex-mulher do ex-governador Sérgio Cabral.

Na decisão, a juíza considerou que Adriana Ancelmo é titular do escritório que tem valor de capital social integralizado de R$ 1.901,130, o que, segundo a decisão, supera em muito o valor do débito restante da dívida condominial.

“Razão pela qual, nos termos da jurisprudência do STJ e TJRJ, o presente caso comporta o reconhecimento de outras exceções à impenhorabilidade da verba remuneratória, já que a devedora/executada, mesmo com a penhora de percentual de seus rendimentos, manterá seu bom padrão de vida, o que, frisa-se, é muito superior à média das famílias brasileiras”, destacou a juíza.

Os apartamentos no Edifício Wave, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, foram “descobertos” em abril de 2018 e indisponibilizados pela Justiça.

Até então, os imóveis, avaliados em R$ 6,3 milhões, não apareciam na lista de propriedades da ex-primeira-dama, mas como pertencentes a uma construtora.

A verdadeira proprietária das unidades foi identificada em meio ao impasse da dívida condominial, que foi parar na Justiça. Mesmo sem o nome de Adriana, os imóveis também apareciam em uma declaração de imposto de renda dela.

Adriana Ancelmo teve os bens bloqueados em janeiro de 2017 em razão dos desdobramentos da Operação Calicute, que prendeu seu então marido, o ex-governador.

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