Saiba quem é Tucker Carlson, a quem Bolsonaro deu entrevista polêmica
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Bolsonaro e Tucker Carlson. Foto: Filipe Martins/Twitter
Um dos principais assuntos da web nesta semana foi o âncora Tucker Carlson, da Fox News americana. Tudo aconteceu após uma entrevista do comentarista com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aconteceu no Palácio do Alvorada, na última quarta-feira (29/6).
Em trechos divulgados da entrevista, o chefe do Executivo brasileiro fala que “se a esquerda voltar ao poder, (…) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, citando os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.
Um dos principais nomes do conservadorismo na imprensa nos Estados Unidos, o âncora bateu recordes de audiência com seu programa, Tucker Carlson Tonight, onde afirma uma postura contra políticas de imigração e pautas identitárias.
Em seu programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do qual o atual presidente, Joe Biden faz parte. Ele ainda aponta que o país foi “enfraquecido” pelos recentes protestos contra o racismo, por autoridades de saúde durante a pandemia da Covid-19 e por imigrantes.
Durante a pandemia, inclusive, Carlson foi um dos nomes que questionou a eficácia de vacinas contra a doença.
Histórico de Tucker Carlson
Carlson, que é formado em história, começou sua carreira no jornalismo fazendo um contraponto conservador sobre assuntos históricos do país. Ele foi contratado em 2009 pela Fox News, e ganhou o próprio programa no mesmo mês em que Donald Trump foi eleito como presidente.
O jornal The New York Times fez um levantamento onde aponta que, em 600 de 1.150 episódios de sua programação, Carlson citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA.
Críticos, inclusive, o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram sua demissão do canal, o que nunca aconteceu. O estudo do jornal americano também indica que o apresentador evitou se alinhar com Trump, mas acabou virando “o rosto” do movimento trumpista.
O ex-presidente, durante seu mandato, compartilhava vários vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.