“Se Lula vencer, em quatro anos Bolsonaro volta”, diz Paulo Guedes
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Por Deborah Hana Cardoso
Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que, na “hipótese perversa” de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste segundo turno das eleições presidenciais, daqui a quatro anos, em 2026, “[Jair] Bolsonaro volta”. A declaração foi feita na quinta-feira (27/10) ao canal do portal Suno, voltado para o mercado financeiro e investidores.
“Na hipótese perversa de [Luiz Inácio Lula da Silva] ganhar essa eleição, abalará o caminho da prosperidade que está desenhado e, naturalmente, a centro-direita [no Congresso Nacional] dará a ele o mesmo aperto que nós recebemos quando chegamos. Depois, Bolsonaro volta”, afirmou.
Veja:
“Se Lula vencer, em quatro anos Bolsonaro volta”, diz Paulo Guedes.
Ministro da Economia ventilou possíveis nomes para a corrida presidencial de 2026, caso o presidente se reeleja, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr. e Romeu Zema.
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— Metrópoles (@Metropoles) October 27, 2022
Para o ministro, o melhor cenário seria o de reeleição de Bolsonaro para o fim da polarização. “Na próxima, Bolsonaro não será reeleito, pois terá feito dois mandatos. Ou seja, a próxima será uma eleição de centro, pacificada. Poderá ser o Tarcísio [de Freitas], o Ratinho Júnior, o [Romeu] Zema”, previu.
Guedes, PT e a guerra dos Auxílios
Guedes aproveitou a entrevista para acusar o PT de querer extinguir o Auxílio Brasil. “Eles [PT] têm de explicar isso para a sociedade”, destacou. A afirmação vai na esteira das acusações do PT contra o atual governo em relação ao benefício, atualmente em R$ 600, mas previsto no Orçamento da União em R$ 400.
O governo corre para arrumar uma fonte de custeio para manter os R$ 200 a mais, que tem previsão de término até 2023. Guedes diz que o PT tem de explicar a sua proposta de substituição do benefício à população.
O que diz o plano do PT
O portal averiguou o plano de governo de Lula, que cita, de forma vaga, o nome anterior do atual benefício, “Bolsa Família”, acompanhado das palavras “renovado e ampliado”.
“Um programa que recupere as principais características do projeto que se tornou referência mundial de combate à fome e ao trabalho infantil e que inove ainda mais na ampliação da garantia de cidadania para os mais vulneráveis. Um programa que, orientado por princípios de cobertura crescente, baseados em patamares adequados de renda, viabilizará a transição por etapas no rumo de um sistema universal e uma renda básica de cidadania”, diz o trecho disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).