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Por Gustavo Zucchi

Caso as pesquisas de intenção de voto se concretizem, e tenhamos em 2022 um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), o MDB deverá ser um partido dividido.

Isso porque parte da legenda vê como “impossível” um apoio ao atual presidente da República, manifestando sua preferência pela volta do petista. Enquanto outro lado, em especial a bancada do partido ligada às questões agropecuárias, não imagina estar ao lado do ex-presidente que “roubou o país”.

Hoje o MDB se coloca como oposição ao governo de Jair Bolsonaro, mas costuma votar em consonância com o Executivo nas pautas econômicas.

Além disso, a sigla tem em suas fileiras o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Ambos não foram ao lançamento da pré-candidatura de Simone Tebet à Presidência.

Por outro lado, nomes do partido como o governador de Alagoas, Renan Filho, e seu pai, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), são próximos de Lula. Eles também não estiveram no evento de pré-candidatura de Simone Tebet, adversária de Renan pai desde a eleição para presidência do Senado em 2019.

O MDB também teve o vice-presidente nas duas candidaturas de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Entretanto, a sigla foi um dos principais articuladores do impeachment da ex-presidente petista.

O “tom” da pré-candidatura de Tebet ao Planalto será de críticas ao governo. No lançamento de sua pré-campanha, a senadora teceu críticas ao governo Bolsonaro em diversas questões, afirmando que o atual presidente da República “promove a discórdia”.

“O governo que aí está cria crises artificiais, promove a discórdia, a polarização, quer aniquilar as minorias que são hoje vítimas do gabinete do ódio, que tenta impedir o pensamento crítico, a oposição e o pensamento livre. Não vão conseguir”, disse.

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