Servidor do TSE afirma que foi exonerado após comunicar falha na veiculação de propagandas eleitorais

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Por Paulo Moura

Exonerado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em meio à polêmica sobre a denúncia de irregularidade na veiculação de propagandas eleitorais presidenciais nas rádios, fato que teria prejudicado a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-servidor Alexandre Gomes Machado procurou a Polícia Federal (PF) na quarta-feira (26) para prestar depoimento.

No termo de declarações, divulgado pela coluna Radar, da revista Veja, Machado informa à PF que foi demitido cerca de trinta minutos após enviar um email para a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE informando que uma rádio admitiu que havia deixado de repassar em sua programação cerca de 100 inserções da campanha de Bolsonaro.

Em outro trecho, Machado, que era coordenador do pool de emissoras do TSE, disse acreditar que teria sido desligado por causa do fato de que “desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”.

O ex-coordenador disse ter recebido um “um email emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil”, de Bolsonaro, e que informou o fato para Ludmila Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE.

– [Machado disse] que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado – informa o termo.

Sobre o caso, o TSE divulgou a seguinte manifestação: “Em virtude do período eleitoral a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”.

Confira o termo de declaração feito de Machado à Polícia Federal:

Termo de declarações Alexandre Gomes Machado. Foto: Reprodução

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