Suspeito de matar jovem achado dentro de carro em chamas é preso em Campina Grande
O suspeito foi preso no bairro Santa Rosa e confessou ter cometido o crime, segundo informou o delegado Demétrius Patrício à TV Paraíba.
Após informar sobre a prisão, a Polícia Civil optou por não revelar detalhes sobre as investigações e disse que mais informações sobre o caso só serão divulgadas em entrevista coletiva de imprensa, na manhã da terça-feira (4).
A primeira linha de investigação do caso era de que o crime se tratava de um latrocínio – quando há um roubo seguido de morte – já que a vítima teve o celular e o relógio levados durante a ação.
De acordo com o diretor do Instituto de Polícia Científica (IPC), Márcio Leandro, um laudo feito pelo órgão aponta que tentaram estrangular Daniel com alguma corda, fita ou cordão, mas não conseguiram matá-lo dessa forma.
Os ferimentos causados pela tentativa de esganadura deixaram o jovem inconsciente.Inconsciente, no banco de trás do carro, ele começou a aspirar a fumaça, que estava saindo do interior do veículo. Já que existem vários produtos inflamáveis que compõem as peças do carro, Daniel morreu com a aspiração da fuligem da fumaça.
Ou seja, a vítima poderia estar vivo se não fosse o fogo ateado no carro, após a tentativa de estrangulamento. O laudo ainda informou que Daniel tentou lutar pela vida, antes de ficar inconsciente.
Entenda o caso
O corpo de Daniel foi encontrado dentro de um carro em chamas, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, na noite da segunda-feira (27). Segundo informações passadas pela Polícia Militar, moradores ligaram para os agentes depois de perceberem o fogo no veículo.
Conforme a delegada Elizabeth Beckhan, o jovem teve o celular e o relógio levados. Por isso, a polícia suspeita de latrocínio – crime em que acontece roubo seguido de morte. Daniel também não tinha envolvimento com crimes, inimigos ou dívidas, segundo as primeiras investigações.
Daniel trabalhava como motorista de transporte por aplicativo. Ele também era estudante do curso de engenharia civil, em uma universidade particular de Campina Grande.
Segundo a mãe do jovem, ele saiu de casa por volta das 18h45 para a primeira corrida da noite. “Acho que foi um assalto, só que foi muito cruel. Só levaram o celular dele. Na verdade, era só o que ele tinha”, completou.