Trump diz que, se eleito presidente, perdoará envolvidos no ataque ao Capitólio

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© Reuters/RACHEL MUMMEY. Donald Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse na quarta-feira (10) que perdoará envolvidos no ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. O episódio é considerado um dos maiores ataques à democracia norte-americana.

Trump participou de uma entrevista em um programa da rede CNN. Ao ser questionado sobre os ataques de 6 de janeiro, o ex-presidente afirmou que perdoaria vários apoiadores envolvidos no episódio, se for eleito nas eleições de 2024.

“Estou inclinado a perdoar muitos deles. Não posso dizer para todos porque alguns deles provavelmente ficaram fora de controle”, afirmou.

A invasão ao Capitólio, que é o centro legislativo dos Estados Unidos, foi liderada por apoiadores de Trump. À época, eles tentavam anular o resultado das eleições de 2020, quando Joe Biden saiu vitorioso.

Cinco pessoas, incluindo um policial, morreram durante ou logo após o ataque, e mais de 140 policiais ficaram feridos. O Capitólio sofreu milhões de dólares em danos.

Em janeiro deste ano, o secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, afirmou que mais de 950 prisões foram registradas de pessoas envolvidas nos ataques. Ainda segundo ele, mais de 350 foram condenadas e 192 receberam sentenças de prisão.

Durante a entrevista desta quarta-feira, Trump voltou a dizer que houve fraudes nas eleições de 2020, sem apresentar provas. Autoridades eleitorais descartaram qualquer tipo de indício de fraude no pleito presidencial.

Acusações

Na terça-feira (9), Trump foi considerado culpado em um processo civil por ter abusado sexualmente da jornalista E. Jean Carroll na década de 1990 e, posteriormente, difamado a vítima.

Os nove jurados decidiram que ela deverá receber US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) em compensações e ressarcimentos por danos. Por ser não ser um processo criminal, não há chances de prisão contra Trump.

O caso é um dos vários desafios legais enfrentados pelo magnata republicano de 76 anos, que busca retornar à Casa Branca nas eleições de 2024.

No mês passado, ele se declarou inocente em um caso criminal relacionado a um pagamento em dinheiro para comprar o silêncio de uma estrela pornô pouco antes da eleição de 2016.

Trump também está sendo investigado por seus esforços para anular sua derrota nas eleições de 2020 no estado da Geórgia, por sua suposta má gestão de documentos classificados retirados da Casa Branca e por sua implicação no ataque ao Capitólio por seus apoiadores.

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