UFPB estudará uso de inteligência artificial e voz humana para diagnosticar doenças neurodegenerativas

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UFPB. Foto: Reprodução

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão desenvolvendo uma iniciativa inovadora que utiliza inteligência artificial (IA) para revolucionar o diagnóstico e monitoramento de diversas condições de saúde, como esquizofreniadepressãoAlzheimer e doença de Parkinson. O projeto, intitulado “Biomarcadores vocais e neurofisiológicos para predição, diagnóstico e monitoramento da saúde”, visa criar sensores baseados em IA capazes de identificar mudanças sutis em biomarcadores biológicos, incluindo a voz humana, para indicar possíveis transtornos mentais ou neurodegenerativos.

A iniciativa, coordenada pela UFPB, receberá R$ 5 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esses recursos serão destinados à modernização de infraestrutura e aquisição de equipamentos de ponta para o desenvolvimento de sistemas de IA. O objetivo é monitorar, de forma não invasiva e contínua, o funcionamento cerebral e muscular durante atividades como fala e interação social.

Segundo o professor Leonardo Lopes, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), os dados comportamentais e neurofisiológicos captados pelos novos equipamentos serão essenciais para o desenvolvimento dos sensores e das IAs. Lopes, que lidera o Laboratório Integrado de Estudos da Voz (LIEV), destaca que a complexidade da voz humana a torna um excelente indicador de possíveis alterações em estruturas cerebrais e corporais, permitindo uma detecção precoce de doenças.

A pesquisa também envolve o Laboratório de Neurociência Social (LNS), que estuda transtornos neurocognitivos e do neurodesenvolvimento. O professor Nelson Torro, do LNS, afirma que os resultados do subprojeto podem impactar políticas públicas de saúde, aprimorando protocolos de diagnóstico e tratamento.

Com previsão de início para o segundo semestre de 2025, o projeto envolve 22 pesquisadores de 12 programas de pós-graduação e pretende criar sensores de baixo custo, que poderão otimizar o uso de recursos humanos e financeiros na área da saúde, como monitorar a intensidade de dor de pacientes em tempo real.

UFPB já possui um histórico de aplicação de IA na saúde, incluindo um algoritmo desenvolvido para diagnosticar insuficiência cardíaca pela análise da voz. A expectativa é que as novas tecnologias possam ser usadas amplamente para melhorar o diagnóstico e monitoramento de condições críticas, beneficiando o sistema de saúde como um todo.

por t5

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