USF Viver Bem, em João Pessoa, sofre interdição ética do CRM-PB

A Unidade de Saúde da Família Viver Bem, localizada no bairro Treze de Maio, em João Pessoa, sofreu uma interdição ética após uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) realizada nesta terça-feira (26). De acordo com o órgão fiscalizador, foram constatadas precárias condições de funcionamento, como mofo, calor, falta de privacidade, escassez de insumos, exames e equipamentos básicos, além da falta de segurança para os profissionais e patrimônio.

Também foi constado que os consultórios médicos funcionam de forma improvisada, com os profissionais precisando atender nas salas de enfermagem e de odontologia, utilizando cadeiras odontológicas como maca, ou atendendo em uma sala e examinando em outra. Foram encontrados ainda outros problemas, como lavatórios sem funcionamento ou sem sabão, papel ou toalha; lâmpadas queimadas, infiltrações, mofo nas dependências; e portas que não fecham, comprometendo a privacidade dos pacientes.

Por fim, o CRM-PB informa que há relatos de situações de ameaça à integridade física dos profissionais e do patrimônio, já que não há serviço de segurança na unidade.

A USF funciona como Unidade Escola, com campo de práticas para uma faculdade privada de João Pessoa. Desta forma, por se tratar de unidade onde o aluno de medicina e o médico residente estão em processo de formação, a falta de condições para o cuidado dos pacientes pode prejudicar o aprendizado e incorrer em faltas éticas futuras.

A Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS-JP) informou que está ciente da interdição da USF Integrada Viver Bem, localizada no bairro Treze de Maio, e já está tomando todas as medidas necessárias para garantir a assistência aos usuários e reestabelecer o atendimento da unidade.

Enquanto os reparos estruturais são concluídos, a população que necessitar de atendimento pode se dirigir às USFs Alto do Céu Integrada e Roger 1 e 2.

“A SMS reitera seu compromisso com a população e reforça que está trabalhando em um plano de recuperação das Unidades de Saúde da Família que, em sua maioria, enfrentaram pelo menos 16 anos de abandono”, diz a nota.