Vem por aí a criação de 3 mil cargos públicos para atender ao Centrão

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Por Ricardo Noblat

Ultrapassado uma vez o limite da irresponsabilidade, vai-se em frente, é o que ensina a história da maioria dos governos em toda a parte. Aqui, o de Jair Bolsonaro tornou-se useiro e vezeiro nisto pelo menos desde o início do combate aos efeitos da Covid-19.

Tratou a pandemia como gripezinha, prescreveu contra o vírus drogas sem efeito e adiou o mais possível a compra de vacinas. Embora tenha perdido popularidade, Bolsonaro faz questão de não usar máscara e de espalhar fake news sobre a doença.

O mais recente ato de irresponsabilidade foi o de pedalar a Lei de Responsabilidade Fiscal ao anunciar o rompimento do teto de gastos. O próximo em gestação, segundo a Folha de S. Paulo, será criar cinco universidades para saciar o apetite do Centrão.

O Centrão é insaciável. Mas o professor Milton Ribeiro, ministro da Educação e crítico da abertura de universidades, recebeu ordem para criar cinco novas universidades e cinco institutos técnicos a partir de instituições federais de ensino existentes.

Nada de expansão de vagas de alunos ou da rede física, apenas de cargos, quase 3 mil deles, para comandar o que já funciona na prática. O inchaço da máquina pública virá com um aumento de gastos que pode chegar a R$ 500 milhões por ano.

No caso das universidades, elas estão previstas para Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí, o último reduto eleitoral do líder do Centrão e chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). No caso dos institutos, São Paulo, Goiás e Paraná.

Com o rombo no teto de gastos, não faltará dinheiro para isso e muito mais.

 

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