Vídeo: enterro de Kaiowá morto em confronto com PM reúne 2 mil pessoas

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Foto: Divulgação/povos Guarani e Kaiowá

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), cerca de 2 mil pessoas acompanharam, nesta segunda-feira (27/6), o enterro de Vitor Guarani Kaiowá, indígena morto na última sexta no Mato Grosso do Sul em confronto com a Polícia Militar.

O enterro foi em Amambaí (MS) e ocorreu após a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) realizarem acordo com o fazendeiro que ocupa a área — reivindicada pelos indígenas.

Veja vídeo com imagens do sepultamento:

“Desde que o corpo foi liberado, fizeram um velório e mantiveram o corpo, demandando o direito de enterrar sobre o território. E isso é uma questão importante para os povos Guarani Kaiowá”, disse um dos representantes do Cimi, que não quis se identificar.

Conflito entre indígenas, fazendeiros e policiais

Amambaí, no Mato Grosso do Sul, é terra de conflito entre fazendeiros, policiais e indígenas da etnia Guarani Kaiowá. Os indígenas tentam retomar a área, ocupada atualmente por uma fazenda, e afirmam que as terras fazem parte da terra indígena Guapoy.

A reserva de Amambai é a segunda maior do estado em termos populacionais, com quase 10 mil indígenas. Para os Guarani Kaiowá, Guapoy é parte de um território que lhes foi roubado.

Na última sexta, o conflito causou a morte de Vitor, de 42 anos, e deixou outros sete indígenas feridos. Três policiais também foram atingidos por disparos e levados a um hospital no município de Ponta Porã (MS).

Ação do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) no Mato Grosso do Sul determinou, em caráter de urgência, a tomada de providências em relação ao conflito registrado entre indígenas guarani kaiowá, da aldeia Amambai, e policiais da região. A autoridade fará perícia antropológica na região entre 28 de junho e 1º de julho.

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