X de Elon Musk é investigado na França por suposto algoritmo tendencioso
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Elon Musk. Foto: Reuters
Promotores franceses abriram uma investigação sobre a plataforma X (ex-Twitter) de Elon Musk por suposto viés algorítmico, informou a Franceinfo na sexta-feira (7), citando uma declaração oficial.
A notícia da investigação surge poucos dias antes de uma importante cúpula de IA (inteligência artificial) em Paris, que deve receber líderes globais, incluindo o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, além de executivos da Alphabet e Microsoft.
O escritório do promotor de Paris e o X não responderam a um pedido de comentário da Reuters.
A investigação relatada destaca a crescente preocupação global sobre o poder da rede social de Elon Musk. O bilionário já usou a plataforma para apoiar pessoalmente partidos e causas de direita em países como Alemanha e Reino Unido, levando a preocupações sobre interferência estrangeira indevida.
A investigação francesa foi aberta após o legislador centrista Eric Bothorel, em publicação no X, dizer que havia enviado à unidade de crimes cibernéticos J3 do escritório dos promotores de Paris suas preocupações de que o X estava usando algoritmos tendenciosos, disse a Franceinfo.
Os algoritmos do X são “provavelmente capazes de distorcer o funcionamento de um sistema automatizado de processamento de dados. Os promotores e assistentes especializados da unidade de cibercrime estão analisando e realizando verificações técnicas iniciais”, disse a Franceinfo citando o escritório do promotor público de Paris.
“Enviei uma carta ao escritório do promotor sobre este assunto em 12 de janeiro”, escreveu Bothorel no X.
A unidade J3 liderou a investigação do ano passado sobre o chefe do Telegram, Pavel Durov, que foi preso após desembarcar em um aeroporto de Paris. Durov, que está em liberdade sob fiança, nega as acusações, mas o Telegram desde então disse que está cooperando mais estreitamente com a polícia para remover conteúdo ilegal.
A unidade J3 demonstrou disposição para usar leis novas e agressivas para atingir proprietários de grandes plataformas.
O X foi bloqueado por mais de um mês no Brasil no ano passado por não conseguir parar a disseminação de desinformação, antes de eventualmente cumprir uma ordem do Supremo Tribunal que permitiu que a rede fosse restabelecida.