Alzheimer em jovens: saiba quais são os sintomas e o que fazer

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Foto: Svisio, Istock

A doença de Alzheimer é um tipo de síndrome demencial que causa degeneração e comprometimento cerebral progressivo. Os sintomas surgem aos poucos, inicialmente com falhas de memória, que podem progredir para confusão mental, apatia, mudanças de humor e dificuldades para realizar tarefas diárias, como cozinhar ou pagar contas.

Esta doença é mais comum em idosos acima dos 60 anos, entretanto é possível ocorrer em adultos mais novos. Quando afeta pessoas jovens, esta doença é chamada de Alzheimer precoce, ou familiar, sendo uma condição rara e ligada a causas genéticas e hereditárias, podendo surgir após os 35 anos de idade.

Sintomas de Alzheimer em jovens

Os sintomas na doença de Alzheimer são progressivos, ou seja, aparecem aos poucos. Assim, os sinais iniciais são sutis, muitas vezes imperceptíveis, mas vão piorando ao longo dos meses ou anos.

Sintomas iniciais Sintomas avançados
Esquecer onde guardou objetos; Confusão mental;
Ter dificuldade para lembrar nomes de pessoas, endereços ou números; Falar coisas sem sentido;
Guardar objetos em locais não habituais; Apatia e depressão;
Esquecer eventos importantes; Quedas frequentes;
Dificuldade para se orientar no tempo e no espaço; Falta de coordenação;
Dificuldade para realizar cálculos ou soletrar palavras; Incontinência urinária e fecal;
Ter dificuldade para se lembrar de atividades que realizava frequentemente, como cozinhar ou costurar. Dificuldade para atividades básicas diárias, como tomar banho, ir ao banheiro e falar ao telefone.

É importante ressaltar que a presença de um ou alguns destes sintomas não confirma a presença de Alzheimer, pois eles podem acontecer em outras situações, como em pessoas com ansiedade e depressão, por exemplo, sendo necessária a consulta com neurologista, geriatra ou clínico geral para avaliar as possibilidades.

Quais os jovens com mais risco

A doença de Alzheimer precoce, ou familiar, ocorre em menos de 10% dos casos desta doença, e acontece devido a causas genéticas hereditárias. Assim, as pessoas com maior risco são aquelas que já têm algum parente próximo com este tipo de demência, como os pais ou avós, por exemplo.

O que fazer em caso de suspeita

Se há suspeita da doença de Alzheimer em jovens, é importante se consultar com um clínico geral ou neurologista para que seja feita uma avaliação clínica, exame físico, realização de testes de memória e solicitação de exames de sangue.

A doença é muito rara em pessoas que não são idosas, sendo muito mais provável que a alteração de memória possa estar ocorrendo por outras causas, como:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Doenças psiquiátricas, como transtorno bipolar;
  • Deficiência de vitaminas, como vitamina B12;
  • Doenças infecciosas, como sífilis avançado ou HIV;
  • Doenças endocrinológicas, como hipotireoidismo;
  • Lesão cerebral, causada por traumatismo em acidentes ou após um AVC.

Essas alterações podem prejudicar a memória e causar confusão mental, sendo muito confundidas com a doença de Alzheimer. Assim, o tratamento será específico e de acordo com a causa, podendo ser necessário o uso de antidepressivos, antipsicóticos ou hormônios da tireoide, por exemplo.

Entretanto, se for confirmada uma doença de Alzheimer precoce, o tratamento será orientado pelo neurologista, que pode indicar o uso de medicamentos, além de terapia ocupacional, fisioterapia e exercícios físicos, que são atividades especialmente indicadas na fase inicial da doença para estimular a memória e auxiliar na realização das atividades do dia a dia.

(Com informações do portal Tua Saúde)

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