O presidente determinou que seus auxiliares tirem três dias da semana para atender deputados, seja qual for a procedência partidária desses parlamentares.
Ora, um dos principais argumentos de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, a favor desse orçamento é que deputados cansaram de esperar em filas nos ministérios. E que, agora, o canal de verba para suas obras eleitoreiras e paroquiais é direto com ele, Lira.
Se vingar essa determinação de Lula e os ministros de fato organizarem suas agendas para receber deputados, Lira terá problema. A origem do montante para esses deputados será os gabinetes da Esplanada.
Não que o governo queira afrontar Lira. Não. Está claro que o propósito de Lula é estabelecer logo sua base no Congresso. E é pelo bolso o caminho mais curto. Mas já incomoda o presidente da Câmara, que gostaria de ver essa fila no seu gabinete mesmo. Como está hoje.