Ao TSE, Torres diz que minuta é “lixo” e seu teor, “folclórico”

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***ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, BRASIL, 19-10-2021 - O ministro da Justiça Anderson Torres. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Por Marcos Melo

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, prestou depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na quinta-feira (16/3), sobre a minuta para anular o resultado da eleição encontrada em sua casa.

O interrogatório foi conduzido pelo ministro Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral, por videoconferência. Torres está preso preventivamente na investigação sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

O Estadão apurou que, embora tenha recebido autorização para ficar em silêncio, ele respondeu todos os questionamentos. O depoimento durou cerca de uma hora e terminou por volta das 11h30. O ex-ministro já havia sido ouvido por dez horas pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre os protestos violentos na Praça dos Três Poderes.

Além de reiterar que desconhece a autoria da minuta, Torres contrapôs a versão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que o documento não parecia que seria descartado e estava “muito bem guardado” em uma pasta oficial do governo federal, junto a pertences pessoais.

De acordo com apuração da TV Globo, Torres ainda teria descrito a minuta como “lixo” e categorizado seu teor como “folclórico”.

O ex-ministro foi ouvido na condição de testemunha e não de investigado. O depoimento foi prestado em uma ação de investigação eleitoral sobre a reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros.

Bolsonaro atacou as urnas e levantou suspeitas sobre a higidez do processo eleitoral. A minuta de intervenção no TSE foi anexada como prova nos autos. A ação pode deixar o ex-presidente inelegível.

*AE

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