Base fluida será teste para Lula 3 na Câmara e no Senado

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Lula. Foto: Reprodução / Youtube

por JULIA CHAIB e THAÍSA OLIVEIRA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sem clareza sobre o tamanho da base de apoio que terá no Congresso Nacional mesmo após as vitórias de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.

As votações que garantiram a vitória de Lira e Pacheco na semana passada não são consideradas parâmetro para definir quantos parlamentares vão efetivamente dar suporte à gestão petista.

No Senado, a disputa ocorreu em meio a rachas internos em algumas legendas. Na Câmara, Lira usou o capital político conquistado entre os pares nos últimos dois anos –com a ajuda da distribuição de emendas de relator– para assegurar a recondução com apoio recorde.

No caso da Câmara, o número de deputados que atuarão formalmente ao lado de Lula será menor que os 464 votos conquistados por Lira, que incluíram parlamentares do PL, partido de oposição ao governo.

No Senado, governo e oposição quiseram reforçar que o placar de 49 a 32 que garantiu a vitória a Pacheco não significa que o governo encontrará necessariamente esse cenário na Casa. Ele derrotou o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).

Ministros do governo evitam projetar quantos votos Lula teria em votações do Congresso.

O núcleo duro da base seria formado por 12 partidos, que, juntos, dariam cerca de 228 votos, menos da metade do total de deputados que votaram para reeleger Lira ao comando da Casa.

A recondução do deputado e a atuação decisiva que ele teve na aprovação, no fim de 2022, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tirou do teto de gastos R$ 145 bilhões para concretizar o Bolsa Família de R$ 600 evidenciou a necessidade de o governo manter uma boa relação com Lira.

Isto é, mais do que uma base própria, o governo precisará contar com a ajuda do presidente da Câmara para aprovar propostas complexas.

Integrantes da gestão Lula também passaram a negociar cargos de segundo e terceiro escalão com membros de partidos que apoiaram Jair Bolsonaro (PL), como PP, Republicanos e o próprio PL.

Além disso, durante a formação do ministério, o governo já tinha buscado atender MDB, PSD e União Brasil, partidos que não o apoiaram durante a campanha presidencial.

Nenhum dos três, porém, assegurará a Lula apoio integral na maioria das votações na Câmara ou no Senado, como tendem os demais partidos da base.

No Senado, governo e oposição quiseram reforçar que o placar de 49 a 32 que garantiu a vitória a Pacheco não significa que o governo encontrará necessariamente esse cenário na Casa. Ele derrotou o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).

Ministros do governo evitam projetar quantos votos Lula teria em votações do Congresso.

O núcleo duro da base seria formado por 12 partidos, que, juntos, dariam cerca de 228 votos, menos da metade do total de deputados que votaram para reeleger Lira ao comando da Casa.

A recondução do deputado e a atuação decisiva que ele teve na aprovação, no fim de 2022, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tirou do teto de gastos R$ 145 bilhões para concretizar o Bolsa Família de R$ 600 evidenciou a necessidade de o governo manter uma boa relação com Lira.

Isto é, mais do que uma base própria, o governo precisará contar com a ajuda do presidente da Câmara para aprovar propostas complexas.

Integrantes da gestão Lula também passaram a negociar cargos de segundo e terceiro escalão com membros de partidos que apoiaram Jair Bolsonaro (PL), como PP, Republicanos e o próprio PL.

Além disso, durante a formação do ministério, o governo já tinha buscado atender MDB, PSD e União Brasil, partidos que não o apoiaram durante a campanha presidencial.

Nenhum dos três, porém, assegurará a Lula apoio integral na maioria das votações na Câmara ou no Senado, como tendem os demais partidos da base.

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