Bolsonaro: inquéritos de Alexandre de Moraes são “ilegais, imorais”

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Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Por Flávia Said

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (2/8), que os inquéritos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto em destaque) são “ilegais, imorais”. É o magistrado quem relata o inquérito das fake news, que avança sobre aliados do governo, e quem vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022.

“É uma perseguição implacável por parte dele”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Guaíba. “A gente sabe o lado dele, tá certo? E eu falo: estamos jogando dentro das quatro linhas [da Constituição]. Falei agora, na minha convenção lá no Rio de Janeiro, vamos pela última vez às ruas para mostrar àqueles surdos, poucos surdos, que o povo tem que ser o nosso norte. Essa população aí tem que ser respeitada”.

Em seguida, Bolsonaro disse que Moraes procura incriminá-lo de toda forma e citou quebra de sigilo de mensagens de um ajudante de ordens presidencial.

“Quebraram o sigilo do meu ajudante de ordens. Isso não vou adjetivar aqui, que é um crime o que essa pessoa cometeu. O objetivo não é ajudante de ordens, é ver as mensagens que eu troco com ele, algumas confidenciais. (…) Me informo, me abasteço de informações”, continuou. “Ele está fazendo tudo de errado, tudo de errado e, no meu entender, não vai ter sucesso no seu intento final.”

Bolsonaro já reclamou que Moraes não teria cumprido os termos da carta costurada com o ex-presidente Michel Temer (MDB), em setembro de 2021, elaborada em conjunto para abaixar a temperatura em meio a atos antidemocráticos realizados no feriado de 7 de Setembro de 2021.

Segundo o jornalista Guilherme Amado, Bolsonaro relatou a um interlocutor que enxerga como uma conspiração para levá-lo à prisão, no cenário de derrota em sua tentativa de reeleição.

Agitado, falando de maneira descontrolada, Bolsonaro causou impacto em especial quando disse qual seria sua reação caso a polícia batesse à sua porta para executar uma ordem de prisão: “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”.

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