Bolsonaro quer pacote de R$ 30 bilhões para dar Auxílio Brasil de R$ 600

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A 100 dias das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deu aval para que o Auxílio Brasil, programa social criado em substituição ao Bolsa Família, tenha um acréscimo de R$ 200.

Atualmente, o valor máximo do benefício é de R$ 400. Se o aumento for definido pelo Congresso, chegará aos R$ 600. O governo quer que o novo valor vigore a partir de julho e siga até dezembro deste ano. O “boom” no benefício deve custar R$ 21 bilhões aos cofres públicos.

O valor, no entanto, deve ser proveniente da PEC dos Combustíveis, que tinha como objetivo compensar os estados que reduzissem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel e gás de cozinha. O governo deve abandonar a ideia de compensar os governos estaduais e usar os recursos da PEC – em torno de R$ 30 bilhões – para benefícios sociais.

O martelo, no entanto, ainda não foi batido. O assunto deve ser definido na semana que vem, após reunião entre integrantes do Palácio do Planalto e lideranças do Congresso Nacional.

Outra proposta que recebeu sinal verde do governo foi um “voucher caminhoneiro” de R$ 1 mil para a categoria. De acordo com a equipe econômica, a medida deve beneficiar 800 mil caminhoneiros e custar R$ 4,8 bilhões.

Novo pacote de bondades

As ações do governo fazem parte de um novo “pacote de bondades” do Executivo federal, medida historicamente comum em ano eleitoral.

No conjunto de medidas, o Planalto ainda espera dobrar o o valor do vale-gás. Atualmente, o benefício de R$ 52 é pago a famílias de baixa renda a cada dois meses. Segundo o Ministério da Cidadania, o valor do benefício corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP).

A ideia do governo é turbinar o benefício em ano eleitoral e tornar o pagamento do auxílio mensal.

Têm direito ao vale-gás famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo (R$ 606); e famílias com integrante com 65 anos ou mais ou deficiente inscrito no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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