Bolsonaro volta a falar sobre assassinato de petista: “Briga estúpida”

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Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Por Mariana Costa

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar, neste sábado (16/7), sobre o assassinato de Marcelo Arruda, dizendo que a morte foi motivada por uma “briga estúpida e sem razão”. O chefe do Executivo está em agenda religiosa no Nordeste.

“Sempre querem culpar o chefe de um lado. ‘Olha, os discursos dele levaram à morte daquela pessoa em Foz do Iguaçu’. Ora, meu Deus do céu! O meu discurso causou a morte da pessoa? Uma briga estúpida, sem razão?”, questionou Bolsonaro durante um culto evangélico, no município de Alecrim, em Natal.

Veja fotos das agendas de Bolsonaro neste sábado:

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Ao lado do ex-ministro Rogério Marinho e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Bolsonaro vai em missa
Bolsonaro participa de eventos religiosos, neste sábado (16/7)
De Natal, Bolsonaro seguiu para Fortaleza, no Ceará

No começo da semana, Bolsonaro mencionou que ligou para os irmãos de Marcelo Arruda, para convidá-los para vira à Brasília. “Eu conversei com dois irmãos. Os dois irmãos são eleitores nossos, simpatizantes, e o outro irmão era de esquerda. Tudo bem”, disse Bolsonaro, em vídeo divulgado por um canal que o apoia.

“Por coincidência, resgatamos uma foto agora, de 2017, eu com o irmão dele que morreu. Que, inclusive, ele pediu pra mim. Eu não lembrava, né? [Pediu] Que eu votasse algo com eles e eu votei. Votei a favor desse petista”, disse Bolsonaro, dando a entender que seria uma pauta da categoria de Arruda, que era guarda municipal em Foz do Iguaçu (PR), mas sem especificar.

Entenda o caso

O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite de sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, ele estava internado.

Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.

Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal.

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