Câncer de mama: saiba sobre fatores de risco e avanços no tratamento
O câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres e o de maior mortalidade para elas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, são esperados 66 mil novos casos da doença em 2022.
Os tumores de mama são causados por uma multiplicação anormal de células. A idade é um dos principais fatores de risco deste tipo de câncer: cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem depois dos 50 anos. Histórico familiar, obesidade e sedentarismo podem aumentar as chances de aparecimento da neoplasia.
“Em um mundo ideal, a maioria dos tumores seriam detectados precocemente. Nesses casos, a cirurgia, associada à radioterapia e, muitas vezes, sem necessidade de quimioterapia, resolveria”, explica o médico, que é titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
FATORES DE RISCO:
Além da idade, a incidência do câncer de mama pode ser influenciada pelos seguintes fatores:
- Menstruação em idade precoce e menopausa mais tardia;
- Uso de terapia de reposição hormonal;
- Opção de não ter filhos e não amamentar;
- Obesidade e sobrepeso depois da menopausa;
- Sedentarismo;
- Consumo excessivo de bebidas alcóolicas;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Fatores genéticos e hereditários.
Segundo o especialista, não existe uma medida preventiva definitiva para o câncer de mama. O que pode ser feito são estratégias de redução de riscos, entre elas, evitar a obesidade, diminuir a ingestão de alimentos ultraprocessados, fazer atividades físicas e realizar exames preventivos a partir dos 40 anos.
DIAGNÓSTICO:
Os avanços no diagnóstico ocorreram por conta do desenvolvimento dos exames de mamografia. O rastreamento do tumor se tornou mais simples com a evolução dos equipamentos de imagem.
O oncologista Wesley Pereira Andrade afirma que a medicina caminha para desenvolver outras formas de diagnóstico do câncer de mama por meio da detecção de células tumorais circulantes.
TRATAMENTO:
No que se refere aos tratamentos, a imunoterapia é indicada nos casos inicias, avançados e metastáticos de alguns subtipos de câncer de mama, chamados de triplo negativo.
Além disso, novos medicamentos, conhecidos como terapia-alvo, também têm tido resultados promissores. Eles se mostram mais precisos e menos tóxicos, quando comparados à quimioterapia convencional.
Entretanto, o tratamento mais utilizado para lidar com o câncer de mama é a cirurgia oncológica, acompanhada de hormonioterapia.