Caso Mariana Thomaz: Justiça nega pedido de revisão da prisão preventiva de Johannes Dudeck

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Johannes Dudeck, suspeito de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou, na segunda-feira (30), um pedido de revisão da prisão preventiva de Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante Mariana Thomaz, no dia 12 de março de 2022, em João Pessoa. A decisão é do juiz Antonio Gonçalves Ribeiro Júnior, em resposta a um pedido da defesa do acusado.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Johannes Dudeck via aplicativo de mensagens, mas não obteve resposta até a última atualização desta notícia.

Para o pedido, a defesa alegou a inexistência de requisitos da prisão preventiva, bem como ausência de condições pessoais favoráveis, e pedia a subistituição por outras medidas cautelares ou prisão domiciliar. O juiz negou, usando como justificativa a gravidade do caso e visando a manutenção da ordem pública.

A defesa da família de Mariana Thomaz, representada pela advogada Dayane Carvalho, avalia de forma positiva a decisão e reforça o desejo por justiça. “O caso Mariana não pode ser mais um, dentre tantos outros que já ocorreram ou que poderão acontecer”, disse a advogada.

Johannes Dudeck está preso no presídio do Roger, em João Pessoa. Antes, ele estava no Presídio Especial do Valentina, por ter alegado na audiência de custódia que possuía curso de nível superior, mas não apresentou o documento de comprovação exigido pela Justiça. Em julho de 2022, foi determinada a transferência.

empresário vai a júri popular, mas a data do julgamento ainda não foi divulgada.

Relembre o caso

Mariana Thomaz foi morta por esganadura.  — Foto: Reprodução/Redes sociais
Mariana Thomaz foi morta por esganadura. — Foto: Reprodução/Redes sociais

O corpo de Mariana foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que Mariana estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.

O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.

O empresário já tem um histórico de processos tanto na esfera criminal quanto na cível, conforme consulta feita pelo g1 nos sistemas públicos do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Entre os casos, vários processos administrativos envolvendo empresas dele e também casos de ameaça, lesão corporal e violência contra a mulher.

A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina.

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