Caso Marielle: PF ouvirá ex-militar que disse saber quem é o mandante da morte da vereadora

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Ailton Gonçalves Moraes Barros, com Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Por Elijonas Maia

A mensagem de Ailton Barros enviada ao tenente-coronel Mauro Cid, em que ele diz ter conhecimento sobre quem está por trás da morte da vereadora Marielle Franco, levou a Polícia Federal a decidir por um depoimento dele no inquérito que investiga o assassinato de Marielle e do então motorista Anderson Gomes.

Em mensagens apreendidas pela Polícia Federal na quarta-feira (3), o ex-capitão do Exército afirmou saber quem seria o mandante da morte da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, ocorrida em 2018 e até hoje sem solução.

“Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, disse ele em uma mensagem captada pela PF.

Nas conversas, Barros não diz quem seria o suposto mandante do crime, e é isso que a Polícia Federal do Rio de Janeiro quer saber. “Certamente será ouvido”, disse um investigador da PF do Rio, para que o ex-militar esclareça o que sabe.

Todo o conteúdo da mensagem foi reportado aos delegados da PF no Rio que investigam o caso Marielle como prioridade a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino. Em seu discurso de posse, Dino disse que resolver esse caso “é questão de honra”.

A data do depoimento ainda não foi definida. A defesa de Ailton Barros não foi encontrada para comentar o caso.

Prisão

Ailton Barros foi preso na quarta (3) em operação da PF que apura esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que também foi preso.

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