CNJ vai apurar conduta de magistrados e servidores da Justiça que fizeram PIX para extremistas do 8/1

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Camila Bomfim
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apura a conduta de magistrados e servidores do Judiciário brasileiro que, além de apoiar os atos extremistas do dia 8 de janeiro, chegaram a fazer transferências bancárias para patrocinar o terrorismo na capital federal.
Segundo fontes do CNJ, as provas dessas transferências via PIX já estão anexadas à apuração que está sendo preparada e deve ser aberta nos próximos dias.
O material é mantido sob sigilo, assim como os nomes dos autores das transferências. A prova é considerada robustas e os envolvidos devem passar a ser investigados por financiamento de atos extremistas.
O assunto é tratado com gravidade dentro do CNJ, já que a função de um magistrado é ser o guardião da lei – e não financiar atos contra a democracia e contra a Constituição.
Ex-desembargador e advogado de extremistas é investigado
Em outra frente, o CNJ passou a investigar na terça (12/9) um ex-desembargador que fez discurso golpista e até defendeu a prisão de ministros do STF.
As condutas começaram quando Sebastião Coelho da Silva ainda era desembargador e, por isso, o CNJ diz que está autorizado a apurar a conduta do magistrado hoje aposentado.
O corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra Coelho.
Na determinação, ele pede a quebra do sigilo bancário de Coelho entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.
O período inclui os meses de campanha eleitoral, o surgimento dos acampamentos em frente aos quartéis após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas e os atos golpistas de janeiro deste ano.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/f/a/ejPczJRFGXtg0MnB7jtg/sebastiao-coelho.png?resize=551%2C301&ssl=1)