De carta a chocolate: os mimos do homem à esposa que cortou seu pênis

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Gilberto Nogueira de Oliveira e Daiane dos Santos Faria

Gilberto Nogueira de Oliveira, conhecido como Tony, já foi até a Penitenciária de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, por duas vezes para visitar sua esposa, Daiane dos Santos Faria, de 34 anos. A mulher cumpre pena no presídio após ser condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de prisão em regime fechado por ter cortado o pênis de Gilberto.

O homem, que garante ainda amar a esposa, contou em entrevista ao Metrópoles que, depois da primeira visita, realizada no dia 13 de outubro, começou a planejar uma visita por mês, mesmo sabendo que, por direito, pode reencontrar a amada todos os domingos.

Segundo ele, o alto custo de ir para outra cidade é um empecilho:

“Se eu quiser ir, eu posso ir todo domingo, mas como é Mogi Guaçu, tem um gasto… É um pouquinho longe. Não dá para ir todo domingo, né? Eu fui esse domingo agora [10/11] e pretendo ir, sem ser esse que vem agora, no outro”, conta Gilberto, revelando que, agora, pretende visitar a esposa a cada 15 dias.

Ele conta que, até o momento desta publicação, só conseguiu visitar Daiane no atendimento parlatório, onde existe um vidro separando os dois — que só podem conversar por telefone.

Gilberto desmente uma informação veiculada anteriormente de que ele havia solicitado uma visita íntima: “Chegou rolar até que eu tentei entrar com uma cinta peniana. Isso tudo é fake. Quando lançaram essa notícia, eu nem tinha conseguido visitar ela ainda”.

O marido disse que o primeiro passo é tentar avançar para a visita de convívio, quando os dois já podem estar no mesmo ambiente, sem uma barreira para separá-los. Só depois desse avanço, é que pensaria na visita íntima.

“Eu tenho o pensamento de fazer essa visita íntima. Inclusive, no dia que eu fui lá agora visitar ela, eu passei pela sala lá [íntima]. Eu vi onde tinha uma salinha de visita íntima, até olha para lá.”

Gilberto conta que ao visitar a esposa faz questão de levar “um agrado”. Normalmente se trata de um chocolate: “Eu sempre penso em comprar um chocolate que ela gosta naquele tipo Diamante Negro, um meio amargo, ela gosta de chocolate meio amargo”.

Cartas de perdão

Antes das visitas, Gilberto e Daiane se comunicavam por cartas. Foi assim que o casal reatou o relacionamento, mesmo após uma traição por parte dele — que motivou uma remoção peniana por parte dela.

Segundo o homem, uma amiga próxima de Daiane, que visitou a mulher em Piracaia, cidade no interior paulista onde a detenta ficou presa provisoriamente, contou que Daiane ainda o “amava muito, sentia saudades, estava arrependida do que ela tinha feito, e que não deixava de pensar [no marido] em nenhum dia só”.

A partir dessa informação, Gilberto decidiu escrever uma carta à esposa retribuindo as declarações e dizendo que pensava em “voltar com ela mais para frente”.

Os sentimentos continuaram por meio dos envios por pelos menos quatro meses. Daiane mandava cerca de uma carta por mês, enquanto Gilberto mandava duas, por conta da praticidade do envio já que estava fora do presídio.

Segundo ele todas as cartas eram diferentes, sempre falando de assuntos relacionados ao casal.

Além do conteúdo, as cartas também chamam a atenção pelos desenhos.

Cortou o pênis do marido

O crime aconteceu em Atibaia, interior de São Paulo, em dezembro de 2023. Após Daiane descobrir a traição do marido, ela cortou o pênis dele com uma navalha, jogou o órgão na privada e deu descarga — para que não fosse possível fazer o reimplante.

Apesar do crime, Gilberto disse ter perdoado Daiane.

Com a mulher na prisão, o casal retomou o contato por meio de cartas e acabou reatando. O perdão do marido, inclusive, foi usado pela defesa de Daiane para solicitar sua liberdade provisória, mas o pedido foi negado pela Justiça.

Gilberto conta ainda que a esposa teve motivo para fazer o que fez.

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