Diretor de hospital na China onde grávida barrada perdeu bebê é demitido por vício em jogos virtuais

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Funcionários de hospital em Wuhan, na China, primeira cidade onde coronavírus foi identificado, em janeiro de 2020. Desde então, China impõe um duro controle de movimentação da população, a chamada política de "Covid zero". — Foto: CGTN via GloboNews

O diretor de um hospital na China foi demitido por “vício em jogos virtuais” e por negligenciar atendimento a uma grávida de oito meses que acabou perdendo o bebê.

A decisão da demissão de Li Qiang, responsável pelo centro de emergência da cidade de Xi’an, no centro do país, foi decidida esta semana por conta de um caso que acontece em janeiro.

Na ocasião, por conta da política de “Covid zero” que o governo chinês implementa desde o início da pandemia e que impõe rígidos controles de movimento da população, uma mulher grávida de oito meses e que apresentava sangramento teve a entrada negada no local por não apresentar exame para o vírus.

Durante a espera pelo teste, o bebê acabou morrendo e ela sofreu um aborto espontâneo.

Vício em jogos virtuais foi um dos motivos para Partido Comunista chinês demitir diretor de hospital na cidade de Xi'an, no centro do país.  — Foto: TV Globo/Reprodução
Vício em jogos virtuais foi um dos motivos para Partido Comunista chinês demitir diretor de hospital na cidade de Xi’an, no centro do país. — Foto: TV Globo/Reprodução

Diante da comoção causada nas redes sociais, o governo chinês abriu então uma investigação que acabou identificando um “forte vício” do diretor do hospital em videogames.

O governo chinês considera os videogames e jogos de celular uma fonte de corrupção moral e, nos últimos anos, tomou medidas para limitar o tempo de uso dos jogos para os jovens.

Segundo comunicado do órgão de vigilância provincial do Partido Comunista, Li foi demitido de seu cargo e expulso da sigla, que abriu ainda uma investigação criminal contra ele, acusado de negligência e corrupção.

O funcionário chinês “foi seriamente irresponsável, provocando grandes incidentes que geraram reações negativas nas redes”, no momento em que Xi’an enfrentava um surto de Covid-19, segundo o comunicado.

Qiang foi acusado de desviar dinheiro público, aceitar suborno e ter um “antigo vício em videogames”.

A China é o último grande país a manter uma política de erradicação de todas as infecções locais do coronavírus, por meio de uma combinação de testagem massiva, severos confinamentos e restrições de viagem.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), criticou a política de “Covid zero” do governo chinês.

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